EBD - Curso

01/09/2012 11:34

 

1.         Bibliologia

1.1          Considerações introdutórias sobre a Bíblia:

1.1.1          O Que é a Bíblia?

É Deus se revelando ao homem. É através da Bíblia que o homem criatura conhece e se aproxima do seu Criador.

Sua autoria é divina, pois mesmo que seja certa a afirmação que homens a tenha escrito, todavia o fizeram mediante inspiração divina.

Seu intérprete é o Espírito Santo e ninguém conseguirá captar o teor real do texto sagrado sem a ação dEste.

Seu tema central gira em torno da pessoa de Jesus Cristo, encontrando alusão a Ele em todo o texto sagrado seja de forma explícita ou através de símbolos.

1.1.2          Porque Devemos estudar a Bíblia?

Sendo ela a revelação de Deus, ela é a ferramenta que nos mostra como devemos fazer para chegarmos até Ele. Também, ela é o alimento do espírito humano. E, ainda, ela é o instrumento da operação do Espírito Santo em sua atuação entre os homens.

1.1.3          Como devemos estudar?

Antes de mais nada é necessário conhecemos o seu autor. Toda interpretação começa com um prévio conhecimento do autor, para que possamos receber a sua mensagem.

A Bíblia, por ser um alimento, deve ser lida diariamente e em espírito de oração para que o Espírito Santo nos capacite a entender o que está diante de nós.

Também, a Bíblia deve ser aplicada primeiramente a nós e não ser vista apenas como uma utopia. E principalmente, a Bíblia deve ser lida toda, pois só assim teremos o entendimento da sua mensagem. Como podemos entender um livro que nem o lemos todo ainda?

1.1.4          Como podemos entendê-la?

Primeiramente, devemos crer sem duvidarmos, lendo com amor e prazerosamente, com fome de aprender as coisas de Deus. Ler de uma maneira forçada ou por obrigação, não nos trará fruto. Também faz necessária a aplicação daquilo que estamos lendo. Um princípio básico do aprendizado é a mudança de atitude. Não nos trará proveito lermos a Bíblia sem aplicarmos aquilo que ela nos ensina.

Por outro lado, procurar entendê-la usando apenas conhecimentos humanos, também, não nos ajudará a melhor entendê-la, antes trará confusão e conceitos falsos. É necessária uma intima comunhão com o Espírito Santo para que nós possamos entendê-la realmente.

Uma atitude humilde, de dependência, sem idéias pré-formadas ou “eu-acho-eu-faço” nos ajudará de forma importante a entendermos o que temos lido. É necessária um real desejo de agradar a Deus, pois só assim conseguiremos nos amortizar e procuraremos fazer o que é reto aos Seus olhos.

E, participar de Escolas Dominicais e reuniões de Estudos Bíblicos pois pode existir textos que nos quais eu não consiga a sua real interpretação e outros irmãos o tenham, assim como faz-se necessária a transmissão aos outros daquilo que tenho aprendido.

1.1.5          Observações úteis e práticas no manuseio da Bíblia:

a. Quanto ao manuseio, procure ter ordem com os seus apontamentos individuais. Isto tornará mais fáceis consultas posteriores. Também procure aprender a ler e escrever referências bíblicas. Saiba a diferença entre texto ( passagem lida ), contexto ( É a parte posterior da passagem lida. Pode ser um versículo, capítulo ou mesmo um livro inteiro ), referência ( É a relação entre dois textos que poderá ser verbal, quando há paralelismo de texto, e real quando há paralelismo de idéias, sendo a segunda chamada uma referência autêntica ) e inferência ( que é a conclusão ou comentário tirado do texto ). O Contexto pode ser um versículo anterior, um capítulo ou até mesmo um livro inteiro.

b. Procure conhecer os manuscritos e versões da Bíblia pois alguns textos são diferentes nas diversas versões bíblicas.

c. Conheça as diversas siglas das diferentes versões em vernáculo: ARA, ACR, ARR, FIG, SOARES, RHODEN, CBSP, TRBR, VIBB, LINGUAGEM DE HOJE.

d. Conhecer a cronologia de antes e depois de Cristo:

e. Procure manusear sempre a Bíblia para que tenha máxima intimidade com ela.

1.1.6          Como fonte de consulta procure ter a mão:

Dicionário de Português, Dicionário Bíblico, Gramática da Língua Portuguesa, Concordância Bíblica, Chave Bíblica, Comentários Bíblicos, Manuais de Doutrina, Atlas Bíblico, Didática Aplicada, Apontamentos individuais ( caderno ou fichário )

1.2          A Bíblia e sua História:

1.2.1          Materias em que ela foi escrita:

A Bíblia foi escrita originalmente com dois materiais principais: Papiro, um papel feito de tecido retirado das margens do Nilo, e Pergaminho, que é o couro de animais do qual é utilizado o lado interno para a escrita.

1.2.2          Formatos:

Os principais eram rolos (onde a página escrita ficava enrolada em um pedaço de madeira) e códices (onde as páginas eram furadas na parte superior e depois amarradas umas às outras como um caderno espiral).

1.2.3          Tipo de Escrita da Bíblia:

O Manuscrito uncial, onde só haviam maiúsculas, e o manuscrito cursivo, onde só haviam minúsculas.

1.2.4          Línguas originais da Bíblia:

Principalmente o hebraico, no Antigo Testamento, e o grego, no Novo Testamento.

1.2.5          Seus Escritores:

Foram em cerca de 40 escritores os quais espirados por Deus levaram um período de 16 séculos para a escreverem. Estes escritores possuíram as mais diversas formações, profissões, níveis sociais e nas mais diversas situações e estados de espíritos. Para citar alguns, eles foram pescadores, pastores, sacerdotes, escribas, reis, agricultores, uns estavam na mais intensa alegria e outros na mais terrível dor, muitos eram livres, outros prisioneiros, entre outros.

1.2.6          A origem do termo Bíblia:

Este nome não aparece no texto sagrado. Antes ele vem do grego “Biblos” que significa coleção de livros.

1.2.7          Manuscritos originais da Bíblias e cópias dos originais:

São encontrados nos principais museus do mundo. As cópias mais antigas e importantes são o Códex do Vaticano - 340 A.D ; Códex Sinaticus - 400 A.D. e o Códex Alexandrinus - 450 A.D.

1.2.8          Famosas traduções da Bíblia:

1.2.8.1       Septuaginta:

Durante os setenta anos de cativeiros babilônicos, e a forte influência do aramaico, a língua hebraica enfraqueceu-se. Contudo os judeus permaneceram fiéis em copiar os escritos sagrados em sua própria língua, não permitindo que fossem copilados em outro idioma. Contudo, esta atitude deveria mudar. Durante o Império de Alexandre o Grande, a partir de 331 a.C., o língua grega popularizou-se ao ponto de tornar inadiável uma tradução dos oráculos para este idioma.

Segundo Areclas, a tradução foi feita por setenta e dois sábios judeus (daí o termo Septuaginta), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C. , a pedido de Demétrio Falario, bibliotecário do Rei Ptolomeu Filadelfo. Concluída após 39 anos de trabalho, essa versão começou a preparar o mundo para a vinda de Cristo e por meio dela a Palavra de Deus tornou-se conhecida em todos os povos. Na igreja primitiva esta versão era de conhecimento de todos os crentes.

1.2.8.2       Hexapla:

No entanto, nem todos os livros do Antigo Testamento foram bem traduzidos, e por esta razão Orígenes compôs a Hexapla em torno de 228 A.D. Esta versão possuía seis colunas e continha a Septuaginta, três traduções gregas do Antigo Testamento efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Símaco de Samaria, feitas em 130,160 e 218 A.D.  respectivamente. Possuía ainda uma coluna em hebraico e uma com o mesmo texto em grego. Esta obra se perdeu quando os muçulmanos saquearam Cesaréia em 653 A.D. 

1.2.8.3       A Vulgata:

Feita por Jerônimo por ordem do bispo Dâmaso em 382 A.D  sendo uma tradução da Vulgata para o latim. Primeiramente continha o livro dos Salmos e o Novo Testamento, os quais levaram três anos e meio para serem traduzidos. Mas tarde, um novo bispo assumiu o controle da cidade de Roma, e com inveja da influência de Jerônimo o persegue e o humilha. Este, foge para Belém, e ali estuda e trabalha por trinta e quatro anos na tradução de toda a Bíblia para a língua latina. Esta versão é utilizada pela Igreja Romana, apesar de muitos eruditos a acharem pobre e com falhas graves.

1.2.8.4       Rei Tiago:

Também conhecida como Versão Autorizada, é a preferida dos povos de fala inglesa. A tradução foi feita em 1611 na Inglaterra. Ela formou a mentalidade desse povo, e é tida como seu sustentáculo e maior legado.

1.2.9          As Versões em Português:

A primeira tradução de um texto bíblico para o português foi efetuado por D. Diniz (1279-1325). Grande conhecedor do latim clássico e leitor da Vulgata, resolveu traduzir a Vulgata para o português. A obra deste, limitou-se aos 20 primeiros capítulos do Gênesis. D. João I patrocinou a tradução do Novo Testamento, ele mesmo encarregando-se do livro de salmos. Seu sucessor trazia em seu cetro a parte final de Rm 8.31 - “Se Deus é por nós, quem será contra nós”.

Outras traduções dignas de nota são: A da infanta D. Filipa, A primeira harmonia dos Evangelhos preparada em 1495 pelo cronista Valentim Fernandes, e entitulada De Vita Christi, os quatro evangelhos traduzidos pelo padre Jesuíta Luiz Brandão, e o Evangelho de Mateus e Marcos, pelo padre Antônio Ribeiro dos Santos, ainda inéditos. Convém salientar que a igreja romana perseguiu implacavelmente estas obras, e amaldiçoou quem as conservassem consigo.

No entanto, em 1628 nasce em Torre de Tavares João Ferreira de Almeida. Este aos doze anos ele mudou-se para o sudoeste asiático. Após viver dois anos na Batávia ( atual Jacarta ), na ilha de Java na Indonésia, ele parte para a Malásia e lá, através de um folheto espanhol toma conhecimento das diferenças dentro do cristianismo. Logo ele abandona o Catolicismo e volta-se para a fé evangélica. Logo ele começa a pregar o evangelho no Ceilão e em alguns pontos da costa de Malabar.

Ainda não havia completado dezessete anos e começa a traduzir a Bíblia para o português, no entanto ele perdeu o manuscrito e teve de reiniciá-la em 1648.

Conhecedor do hebraico e do grego, Almeida pode valer-se dos manuscritos dessas línguas, usando o chamado Textus Receptus, do grupo bizantino. Ele utilizou ainda traduções holandesas, francesas, italianas, espanholas e a Vulgata.

Em 1676 ele concluiu o Novo Testamento. E após a sua publicação, ele iniciou a tradução do Antigo Testamento e ao falecer em 1691 tinha chegado a Ez 41.21. Em 1748 o pastor Jacobus op den Akker, de Batávia, reiniciou o trabalho de Almeida e em 1753 foi impressa a primeira Bíblia em português dividida em dois volumes, concluindo assim o trabalho de Almeida.

Houve também a Bíblia de Rahmeyer, comerciante hamburguês, realizada em meados do Sc XVIII. Esta versão permanece inédita e o seu manuscrito encontra-se na Biblioteca do Senado de Hamburgo, na Alemanha.

Digna de nota também é a tradução de Figueiredo. O Padre Antônio Pereira de Figueiredo, nascido em Tomar no ano de 1725, traduziu integralmente o Novo e o Antigo Testamento, gastando dezoito anos neste trabalho. A primeira edição do Novo testamento foi publicada em 1778 em seis volumes, quanto ao Antigo Testamento, de dezessete volumes sendo publicados entre 1783 e 1790, publicada pela primeira vez a edição completa de Figueiredo, em 1819 dividida em sete volumes e em 1821 foi publicada a versão em volume único.

Figueiredo incluiu na tradução os chamados livros apócrifos que o Concílio de Trento havia acrescentado aos livros canônicos em 8 abril de 1546. Esse fato fez com que esta versão seja a preferida entre os católicos de fala portuguesa.

A Bíblia no Brasil começou em 1847 quando, em São Luiz do Maranhão, publicou-se a Novo Testamento do Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, que teve como texto base a Vulgata. Este foi portanto a primeira porção bíblica traduzida no Brasil. Esta Bíblia trazia em seu prefácio pesadas acusações contra as Bíblias protestantes que estariam, segundo ele, falsificada e que falavam contra Cristo e o que há de bom.

No ano de 1879 foi publicada a Primeira Edição Brasileira do Novo Testamento de Almeida pela Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro. Esta versão foi revista por José Manoel Garcia, lente do Colégio D. Pedro II; pelo pastor M. P. B. da Carvalhosa, de Campos, RJ, e pelo primeiro agente da Sociedade Bíblica Americana no Brasil, pastor Alexandre Blackford, ministro do Evangelho do Rio de Janeiro.

Em 1898 publicou-se a Harpa de Israel, Tradução do livro de Salmos, feita pelo hebraísta F. R. dos Santos Saraiva.

Em 1909 o padre Santana publicou sua tradução do Evangelho de Mateus, vertida diretamente do grego, três anos mais tarde, Basílio Teles publicou a tradução do livro de Jó. Em 1917 foi a vez de J. L. Assunção publicar o Novo Testamento baseado na Vulgata.

Em 1917, Esteves Pereira traduziu do Etíope o livro de Amós. Seis anos depois, J. Basílio Pereira publicou o Novo Testamento e o Livro de Salmos, ambos também baseados na Vulgata. Por esta época também deu-se a publicação da Lei de Moisés ( O Pentateuco ) edição em hebraico e português, preparada pelo rabino Meir Masiah Melamed.

O padre Humberto Rohdem, foi o primeiro católico a traduzir o Novo Testamento diretamente do grego. Esta edição foi publicada pela instituição católico-romana Cruzada Boa Esperança, em 1930, esta tradução por se basear em textos inferiores sofreu pesadas críticas.

Em 1902 As sociedades bíblicas começaram a produzir traduções completas da Bíblia em vernáculo. Sendo que neste ano, uma comissão composta por eruditos nas línguas originais e no vernáculo, entre outros, o gramático Eduardo Carlos Pereira, que fez uso da ortografia correta e vocabulário erudito. Publicado em 1917 este trabalho ficou conhecido como Tradução Brasileira, que embora apreciadíssima por grande número de leitores, essa Bíblia não se firmou no gosto do grande público.

No ano de 1930 foi publicada a versão do padre Matos Soares a sua tradução do texto sagrado, nele incluindo notas que defendiam os dogmas da igreja católica. Por causa disso, essa obra recebeu apoio papal em 1932 e tornou-se a tradução preferida entre os católicos brasileiros.

Em 1943 foi a vez das Sociedades Bíblicas Unidas encomendarem a um grupo de hebraísta, helenistas e vernaculistas uma revisão da versão de Almeida. Assim foi melhorada a linguagem, grafia, nomes próprios e o estilo de Almeida.

Organizada em 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil, destinada a “Dar a Bíblia a Pátria”. Esta entidade revisou o texto de Almeida duas vezes uma mais aprofundada e outra menos profunda. A primeira ganhou o nome de Edição Revista e Atualizada no Brasil e a segunda foi chamada apenas de “Corrigida”.

No ano de 1940 foi fundada a Imprensa Bíblica Brasileira a qual em 1967 publicou a edição Revisada de Almeida, gotejada com textos em hebraico e grego. Esta edição foi posteriormente reeditada com ligeiras modificações.

Mais recentemente, em 1988, a Sociedade Bíblica do Brasil, traduziu e publicou a Bíblia na Linguagem de Hoje. O propósito básico desta tradução tem sido o de apresentar o texto sagrado em linguagem comum e corrente.

Em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição Contemporânea  da Bíblia traduzida por Almeida. Essa edição eliminou ambigüidades e arcaísmos quase tricentenários de Almeida, e preservou sempre que de possível, aos excelências do texto que lhe serviu de base. Enquanto a Editora Vida preparava a sua Bíblia Thompsom, estava sendo preparada uma nova tradução das escrituras para a língua portuguesa, realizada pela Sociedade Bíblica Internacional. Esta versão é composta por vários especialistas em hebraico, grego, aramaico e português.

São dignas de nota, a Bíblia traduzida pelos monges de Meredsous, 1959, a Bíblia de Jerusalém editada no Brasil em 1981 por Edições Paulinas, e a edição integral da Bíblia, trabalho coordenado por Ludovico Garmus e editado pela Editora Vozes e pelo Círculo do Livro.

Como Bíblias de estudo, citamos a Thompsom publicada pela Editora Vida, Scofield editada pela Publicações Espanholas, A Bíblia Vida Nova editada pela editora Vida Nova, A Bíblia Anotada, e a Bíblia de Estudos Pentecostal editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus e que é voltada para os evangélicos com tradição pentecostal.

As siglas das traduções mais importantes são: ARC (Almeida Revisada e Corrigida); ARA (Almeida Revisada e Atualizada), FIG (Antônio Pereira de Figueiredo), Soares (Matos Soares), Rhoden (Humberto Rhoden); CBSP (Centro Bíblico de São Paulo); TRBR (Tradução Brasileira) e VIBB (Versão da Imprensa Bíblica Brasileira).

1.2.10      As edições Católico-Romanas - Os Apócrifos:

Este vocábulo significa escondido, ou secreto, aplica-se genericamente a uma série de livros surgidos no período entre o Antigo e o Novo Testamento.

Os livros apócrifos, cujo número varia de onze a dezesseis, chegaram até nós de certo modo unidos aos livros canônicos da Bíblia. Sua história é fora do comum.

As autoridades eclesiásticas possuem diferentes opiniões quanto ao valor destes livros. Os judeus da dispersão no Egito revelam alta estima por eles e os incluíram na tradução do Antigo testamento para o grego, na chamada Septuaginta, mas esses mesmos escritos foram eliminados do cânon hebraico pelos judeus da Palestina.

A Igreja Católica Romana, no Concílio de Trento, 1546 d.C., considerou canônicos onze destes livros, que aparecem nas edições católicas das Escrituras.

Os Evangélicos ou Protestantes, geralmente aceitam os apócrifos como material literário e histórico, mas sem valor canônico. Por isso, estes escritos foram eliminados das Bíblias evangélicas. Seus argumentos são:

a. Nunca foram citados por Jesus, e duvida-se que os apóstolos o tenham feito.

b. A maioria dos primeiros pais da igreja não lhes reconhecia a inspiração divina.

c. Não aparecem no cânon hebraico.

d. Quando comparados aos livros canônicos, os apócrifos, possuem qualidade inferior e se revelam indignos de ocupar um lugar entre os livros sagrados.

1.2.11      São eles:

Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (não confundir com o canônico Eclesiastes), Baruque, 1 e 2 Macabeus, e as adições ao livro de Ester (Ester); e ao livro de Daniel (O Cântico dos Três Santos Filhos, História de Suzana; e Bel e o Dragão).

1.2.11.1    Sua classificação.

Sua classificação é motivo de divergência entre as autoridades. Por exemplo a Epístola de Jeremias é com frequência incorporada ao livro de Baruque, enquanto geralmente são omitidos o terceiro e quarto livros dos Macabeus.

a. São históricos: 1 e 2 Macabeus e 1 Esdras

b. São tradicionais: Adições aos livros de Ester, Suzana, a Canção dos três jovens, Bel e o Dragão, Judite e Tobias.

c. São proféticos: Baruque e a Oração de Manassés.

d. São Apocalípticos: 2 e 4 Esdras na Vulgata Latina

e. São instrutivos - Eclesiástico e Sabedoria de Salomão (em estilo similar ao de provérbios)

Além disso, as bíblias católicas possuem livros canônicos com nomenclatura diferenciada da empregada nas edições evangélicas. No entanto esta diferença não tem importância. No entanto é bom conhecê-las:

 

Bíblia Protestante

Bíblia Católica

1, 2 Samuel

1, 2 Reis

1, 2 Reis        

3, 4 Reis

1, 2 Crônicas

1, 2 Paralipômenos

Esdras e Neemias

1, 2 Esdras

Lamentações de Jeremias

Trenos

 

Como podemos ver estas diferenças são apenas de nomes, mais ou menos apropriados e que para todos eles existem justificativas históricas e tradicionais.

Existem também diferença na numeração dos Salmos:

 

Bíblia Católica

Bíblia Protestante

Sl 9,10

Sl 9

Sl 11 - 113

Sl 10 - 112

Sl 114, 115    

Sl 113

Sl 116

Sl 114 - 115

Sl 117-146

Sl 116 - 145

Sl 147

Sl 146 - 147

Sl 148 - 150

Sl 148 - 150

 

Os 39 livros que do nosso Antigo Testamento os católicos denominam Protocanônicos, os livros que nós chamamos apócrifos, eles chamam de deuterocanônicos e os livros que nós chamamos pseudoepigráficos, eles chama de apócrifos. (estes livros não aparecem em nenhuma Bíblia de edições católica ou protestante).

1.2.12      - As versões e revisões da Bíblia.

Sabemos que a linguagem está sempre sofrendo modificações e isto faz com que a Bíblia sofra atualização de linguagem para que o texto e sua mensagem não mude muitas palavras e frases usadas por Almeida hoje caíram em desuso ou modificaram o sentido, por outro lado, novas palavras foram adicionadas ao vocabulário.

Assim, revisão é uma alteração na linguagem; para a conservação do sentido da mensagem. Isto faz necessária que a cada edição a linguagem seja atualizada para que a mensagem divina seja transmitida com toda a fidelidade e seriedade, e, não sofra alteração no correr dos anos.

1.3          A Bíblias e a sua Estrutura

1.3.1          A Unidade Física da Bíblia:

A unidade física do volume sagrado é algo que só existe mediante a intervenção divina. Ela contém 66 livros escritos por cerca de 40 escritores num período de 16 séculos. Estes escritores exerciam as mais diversas atividades, possuíam diferentes níveis de instrução. A Grande maioria não se conheceram, viveram em lugares diferentes, cobrindo três continentes, escrevendo em duas línguas principais. Devido a isso, os escritores, em muitos casos, não conheciam o que já havia sido escrito. Muitas vezes um mesmo assunto era iniciado por um autor e apenas séculos mais tarde outro autor o terminava. Sem a operação divina, um livro feito nestas condições seria algo indecifrável!

A unidade bíblica também é um mistério, ninguém sabe quando estes 66 livros se agruparam e formaram um só volume. Os escritores, como já foi dito, não os escreveram em uma só vez, antes duraram 16 séculos, e lugares tão distantes que vão da Babilônia a Roma.

Caso alguém localizar alguma falha ou erro, este será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação do sentido do texto, etc. Assim quando lemos algo que nos parece uma discrepância saiba que houve erro do copista, do tradutor ou em último caso meu em não conseguir decifrar o texto.

1.3.2          A Estrutura da Bíblia.

Neste momento estaremos estudando a estrutura bíblica suas divisões, e a classificação dos livros por assunto:

a. Os livros da Bíblia dividem-se em duas partes principais. O Antigo Testamento , denominado A. T. e o Novo Testamento denominado N. T.  O Antigo Testamento  é três vezes mais volumoso que o Novo Testamento, possuindo aquele 39 livros e este 27. O maior livro é o de Salmos e o menor o de III João.

b. Quanto aos capítulos são em número de 1189, sendo 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento o maior capítulo é o Salmo 119 e o menor o Salmo 117. Para lermos a Bíblia no período de um ano basta lermos 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da semana. A Bíblia foi dividida em capítulos por Hugo de Saint Cher, abade dominicano, estudioso das escrituras, isto no ano de 1250 A.D.

c. Quanto a divisão em versículos, são 31.173, sendo 23.214 no Antigo Testamento  e 7.959 no Novo Testamento. O maior versículo está em Es 8.9 e o menor em Ex 20.13 na ARC, em Lc 20.30 na TRBR, em Jó 3.2 na ARA. Ou seja, depende da versão e do idioma. Contudo, isto não tem importância. A Bíblia foi dividida em versículos em duas etapas, no ano de 1445 o Rabi Nathan dividiu o Antigo Testamento e no ano de 1551 Roberts Stevens dividiu o Novo Testamento. Este publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos no ano de 1555 em Paris, sendo esta a Vulgata. Em muitos casos estas divisões são inexatas, partindo textos

d. Os livros são ainda agrupados por assunto, não obedecendo no entanto a ordem cronológica. Este conhecimento é importante pois evita mal entendidos no decorrer da leitura bíblica.

e. A Classificação do Antigo Testamento por assuntos vem da Septuaginta, através da Vulgata, e não leva em conta a ordem cronológica dos mesmos o que as vezes leva o leitor a confusão quando este tenta agrupar os acontecimentos em ordem cronológica. A divisão é feita em Lei, História, Poesia e Profecia, sendo este último grupo subdividido em Profetas maiores e menores. A divisão é:

Þ  Lei - Chamados também de Pentateuco, são cinco livros, e são eles: Gênesis, Êxodo, Levítico e Números e Deuteronômio. Tratam da Criação e da Lei

Þ  História - São doze livros, e são eles: Josué, Juizes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. Contém a história de Israel

Þ  Poesia - São cinco livros, e são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão ( ou Cântico dos Cânticos ). Recebem esta classificação somente pelo estilo em que foram escritos e nada mais.

Þ  Profetas Maiores - São 5 livros, e são eles: Isaias, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.

Þ  Profetas Menores - São 17 Livros, e são eles: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Vale ainda ressaltar que a denominação maiores e menores deve-se apenas pelo volume de material escrito e extensão do ministério profético. Na Bíblia hebraica a divisão é bem diferente.

f. A classificação do Novo Testamento é feita em 4 classes que são: Biografia, História, Doutrina e Profecia. E os livros de cada classe são:

Þ  Biografia - São os quatro Evangelhos, descrevem a vida de Jesus e o seu glorioso ministério entre nós. Os três primeiros são chamados sinóticos devido ao paralelismo entre eles. São eles: Mateus, Marcos, Lucas e João.

Þ  História - Conta-nos a história do início da Igreja, o seu agir e o seu modo de viver. Nele vemos que o segredo da vitória e do crescimento da Igreja é a plenitude do Espírito Santo nas vidas que a compõe. É um único livro - Atos dos Apóstolos.

Þ  Doutrina - São em número de 21, também denominados epístolas ou cartas. São eles: Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonissenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2, e 3 João, Judas. As epístolas que vão de Romanos à Hebreus, são atribuídas a Paulo. As outras, de Tiago à Judas são chamadas de Universais ou gerais.

Þ  Profecia - também é um único Livro - Apocalipse. Esta palavra significa revelação. Este livro trata da volta pessoal de Jesus à terra, isto é a Sua revelação à humanidade em geral, sua manifestação visível. O Apocalipse é o inverso de Gênesis e trata como tudo findará.

Existem outras modalidades de classificação, mas esta parece uma das mais simples e práticas.

g. A Disposição dos 66 livros - Esta disposição também foi inspirada por Deus. Vemos que enquanto o livro de Salmos fala do nosso andar com Deus, o de Provérbios fala do nosso andar com os homens, não poderiam portanto vir distantes um do outro. Também no Novo Testamento  existe uma progressão lógica de assuntos: Romanos fala da Salvação; 1 e 2 Coríntios fala da disciplina na vida cristã; Efésios, Filipenses e Colossenses falam da vida consagrada, 1 e 2 Tessalonicenses falam da Vinda de Jesus; 1 e 2 Timóteo e Tito falam de Obreiros e Ministérios, enquanto 1 e 2 Pedro falam de provas e tribulações.

1.3.3          O Tema Central da Bíblia.

Todo o Escrito Sagrado gira em torno do Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso Ele é o Verbo de Deus. Ele mesmo o declara em Lc 24,27,44 e Jo 5.39. Assim, tomando Cristo como base, podemos classificar os 66 livros da Bíblia em 5 temas:

a. Preparação - Todo o Antigo Testamento trata da preparação do mundo para o advento do Messias.

b. Manifestação - Os Evangelhos, pois apresentam Cristo ao mundo

c. Propagação - O Livro de Atos, pois mostra a disseminação da mensagem cristã pelo mundo através da Igreja.

d. Explanação - As epístolas por tratarem da explanação de Cristo. A doutrina cristã em detalhes.

e. Consumação - O Apocalipse trata de Cristo na consumação dos séculos.

f. Ainda podemos dividir a Bíblia em dois blocos: O Antigo Testamento - Jesus virá; e o Novo Testamento  - Jesus já veio ( como Redentor do homem ).

1.3.4          Particularidades da Bíblia

Os livros de Ester e Cantares não falam de Deus, porém sua presença neles é inconfundível, principalmente nos milagre do Livro de Ester.

Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob seus vários nomes, em contrapartida, ela menciona o diabo apenas 177 vezes sob os seus nomes.

A Vinda do Senhor  é referida no Antigo Testamento 1.527 vezes e no Novo Testamento  318 num total de 1.845 vezes

O Salmo 119 em hebraico possui 22 seções de 8 versículos cada. O número 22 corresponde ao de letras do alfabeto hebraico. Cada seção inicia com uma letra do referido alfabeto. E em cada seção todos os versículos iniciam-se com a mesma letra. Caso semelhante existe em Lamentações de Jeremias, ali os capítulos 1, 2  e 4 possuem 22 versículos, um para cada letra do alfabeto, de Álefe a Tau. Porém o capítulo 3 possui 66 versículos, sendo 3 para cada letra. O Salmo 22 é alfabético, um versículo para cada letra.

O Livro de Isaías é uma miniatura da Bíblia. Possui 66 capítulos, com a primeira seção composta de 39 capítulos com mensagem correspondente ao Antigo Testamento e a segunda seção com 27 capítulos tratando de conforto, promessa e salvação, correspondente à mensagem do Novo Testamento. O Novo Testamento termina com menção ao novo céu e nova terra, o mesmo ocorrendo com Isaías 66.22.

A frase não temas ocorre 365 vezes em toda a Bíblia - uma para cada dia do ano!

O capítulo dezenove de 2 Reis é idêntico ao 37 de Isaías.

O Antigo Testamento encerra-se com a palavra maldição e o Novo Testamento encerra-se citando a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo em 1452 em Mainz, Alemanha.

O Nome de Jesus conta no primeiro e último versículo do Novo Testamento.

1.4          A Bíblia e sua Mensagem

1.4.1          Principais títulos da Bíblia:

1.    Sagradas Escrituras: Rm 1.2; 1 Tm 3.15;

2.    Escrituras: Lc 24.27,45

3.    Escritura: 2 Tm 3.6; Jo 10.17

4.    A Palavra de Deus: Hb 4.12; 6.5; Mc 7.13; Rm 10.17

5.    A Palavra de Verdade: 2 Tm 2.15

6.    A Escritura da Verdade, Dn 10.21

7.    O Livro do Senhor, Is 34.16

8.    Testamento: 2 Co 3.6,14

Como Livro é chamado de Bíblia só aparece no original - Jo 21.25; 2 Tm 4.13; Ap 20.12 - não referindo a si própria ou seja as Escrituras Sagradas.

1.4.2          Provas da Origem Divina da Bíblia

É assunto já tratado o fato da origem divina da Palavra de Deus. Ele mesmo é testemunha de Si. Quem tem o Espírito Santo confia nela de tal maneira que ao deparar com algo que não entenda, ele aceita por fé.

O crente fiel busca as bases para evidenciar a inspiração divina não para crer nela, mas porque crê nela. Não existe satisfação melhor para o que crê do que provar aquilo que crê.

Eis algumas destas provas:

1.    A inspiração divina: É por causa desta inspiração que a Bíblia é chamada de “A Palavra de Deus”. A Inspiração é plena e inclui as palavras do original. Uma vez que a palavra é a expressão do pensamento é necessária que as palavras expressassem o real pensamento do Autor Divino. Confira 2 Pe 1.21; 2 Tm 3.16; 1 Co 2.13; Ap 22.6; 2 Pe 1.21; Hb 1.1.

2.    A harmonia da mensagem: Esta harmonia está presente em todo o texto sagrado, apesar de toda diversidade que a cerca. Era necessário que uma que uma única mente infinita e superior guiasse a composição do Livro Sagrado. Esta diversidade nos vemos nos escritores, uns eram príncipes, legisladores, generais, reis, poetas, estadistas, sacerdotes, profetas, pescadores, teólogos, boiadeiros, etc, isto gerando os mais diversos estilos de linguagem. Também estes escritores escreveram nos mais diversos ambientes como cidade, campo, palácios, ilhas, prisões e etc. As circunstâncias também eram diferentes e iam da maior paz a mais cruel aflição. Todavia esta diversidade de escritores completam uma única mensagem coerente, uniforme e poderosa. É um estímulo para o crente, apesar de toda esta diversidade, encontrar um texto coerente e progressivo. O texto bíblico não possui apenas harmonia, mas também continuidade que aumenta na mesma proporção com que nós nos aprofundamos no estudo bíblico.

3.    Apenas Deus poderia ter escrito tal livro: Homens ímpios, de má fé, não escreveriam um livro que sempre os condena, homens bons não tomariam o lugar de Deus pois as suas consciências não os permitiria. Os próprios judeus não escreveriam um livro que mostra toda a sua derrota, suas transgressões e delitos. E se pudessem estes mexer no escrito teriam apagado tais episódios do texto sagrado.

4.    Jesus aprovou a Bíblia tomando-a como base de ensino, Lc 24.27; e pregação Lc 4.16-21. Jesus também usou-a contra o Diabo; Mt 4.3-11; chamou-a “A Palavra de Deus”, Mc 7.13; Jo 17.17;  e cumpriu-a em sua vida, Lc 24.44; 18.31; Mt 5.17; 3.15.

5.    O Espírito Santo dá testemunho dela no interior de cada crente, que ao se converter aceitando Jesus como Salvador, automaticamente a toma como “a Palavra de Deus”. Isto acontece por que o mesmo Espírito Santo que convence o homem do pecado, Jo 16.8; testifica da sua filiação divina, Rm 8.16; e testifica que a Bíblia é a Palavra de Deus, Jo 7.17.

6.    Temos também o testemunho das profecias previstas pela Palavra de Deus e já cumpridas. Entre tantas, citamos O Advento do Messias (Gn 3.15; 49.10; Is 7.14; 53; Dn 9.24-26; Mq 5.2; Zc 9.9;Sl 22), Ciro chamado pelo nome 150 anos antes de seu nascimento (Is 44.8), Josias chamado pelo nome 300 anos antes do nascimento (1 Rs 13.2; 2 Rs 23.15-18); os últimos quatro impérios mundiais (Dn 2 e 7).

7.    A evidente influência da Bíblia em indivíduos, famílias e nações, moldando caráter, produzindo frutos benditos nas vidas que a abraçam, transformando multidões de pessoas, através dos anos, das piores classes de pessoas em criaturas totalmente santas, libertas e felizes. Nenhum outro livro tem tal este poder de influenciar pessoas para o bem. Esta influência é admitida até pelos inimigos da Bíblia! Mostre-me o leitor outro livro que tenha tal poder! Vede a diferença e a distância moral, social e econômica que separa os indivíduos, povos e nações que a tomam por base de vida dos que a recusam. Ela serve de guia para uma vida sadia e feliz a qualquer pessoa. A mocidade precisa desta verdade. Responda-me agora, poderia vir este manancial de outra fonte que não seja Deus.

1.4.3          Fatores necessários para a progressão no conhecimento da Bíblia:

O Plano de Deus é que cada crente chegue ao pleno conhecimento da Bíblia (1 Tm 2.4 - ARA; Pv 9.9) Mas para isso é necessário que:

1.    O Espírito Santo, como fiel intérprete, opere em nós: 1 Co 2.10,13; Jo 14.26; Lc 24.45

2.    Uma espiritualidade real no crente, baseada num profundo amor à Deus: 1 Co 2.15; Mt 22.29; Mc 4.33; Sl 25.14; Hb 5.13,14; Jo 16.13

3.    Uma permanente atitude de oração: Tg 1.5; Pv 2.3-5; Sl 119

4.    O auxílio de mestres bíblicos: 1 Co 12.28; Ef 4.11,12; 2 Tm 2.2

5.    Boas fontes de consulta e referência: Mt 24.15 - ARA; 2 Tm 4.13; 1 Ts 5.21; Lc 1.1-3; Dn 9.2

6.    Bons conhecimentos do vernáculo, e se possível de original: At 8.30; Jz 12.6; 1 Co 14.9; Jo 1.41,42; Mt 27.46,47; Mc 15.34

7.    Conhecimento de Hermenêutica, At 8.31; 18.26; Ne 8.8

1.4.4          Aplicação da Mensagem da Bíblia:

Antes de nós entendemos a Bíblia, é necessária a correta interpretação e aplicação da mensagem do texto bíblico.

Esta aplicação poder quanto a Povo, tempo, lugar, sentido, mensagem e procedência da mensagem.

1.    Quanto a povo - Existe diante de Deus três classes de povos (1 Co 10.32): Judeus, Gentios e Igreja tendo cada povo a sua particularidade

2.    Quanto ao tempo - A história se divide em: Passado, presente e futuro. A cronologia pode auxiliar a situar a mensagem no tempo

3.    Quanto ao lugar - Que pode ser: Céu, terra e espaço. A aplicação incorreta de lugar pode gerar confusão

4.    Quanto ao sentido - A linguagem pode ter dois sentidos:

Þ  Literal, é o sentido natural das palavras, como exemplo At 27 e 28

Þ  Figurado, a Bíblia é rica em linguagem figurada, nestas são usadas tipos, figuras, metáforas e parábolas, bem como as diversas figuras de linguagem.

5.    Quanto à mensagem - Esta pode ser de três tipos: Histórica, profética e doutrinária

6.    Quanto à fonte: também existem três fontes de mensagens na Bíblia:

Þ  Deus: Ele fala continuamente em Sua mensagem, tanto diretamente quanto por meio de Seus servos.

Þ  Homem: O homem também fala de si mesmo no texto sagrado. Dn 4 foi inteiramente escrito por um homem ímpio.

Þ  Diabo: A Bíblia também registra mensagens dele.

Nota - é claro que nos casos 2 e 3 acima a inspiração divina está apenas no registro da mensagem e não na fonte dela.

Procure então, ao ler a Bíblia procurar saber quem é que fala pois isto evitará sérias confusões.

1.4.5          Noções de Hermenêutica Sagrada.

A Hermenêutica busca o real sentido do texto. A aplicação da Hermenêutica é a Exegese. A Hermenêutica expõe o resultado e a Exegese aplica-o

Eis alguns princípios da Hermenêutica:

1.    Espiritualidade - É necessário sermos um crente de oração e consagração. O real intérprete da Bíblia é o Espírito Santo. Assim, é necessário que nos despojemos de idéias pré-formadas e tenhamos uma mente aberta e um coração dependente dEle. Saiba que Ele está ansioso para nos transmitir as Suas verdades divinas. Além de ter o intérprete, permita que Ele o tenha. Procure ter uma verdadeira comunhão com Ele!

2.    Conheça o vocabulário - Para que você entenda a mensagem, é necessário que primeiro entenda as palavras corretamente. Antes de saber o que o texto significa, saiba o que ele quer dizer.

3.    Observe o contexto. A Bíblia se interpreta por ela mesma. Deixe que ela fale! Toda doutrina deverá ser confirmada, provada e apoiada por textos bíblicos paralelos ou referências. Há necessidade de pelos menos duas testemunhas para confirmar toda palavra (1 Co 13.1; Dt 19.15; Mt 18.16). A maior parte dos erros doutrinários vem da interpretação de textos isolados. As seitas falsas usam textos isolados para “provarem” suas monstruosidades doutrinárias 2 Pe 1.20.

As referências também são uma forma de contexto.

Cabe aqui um alerta. As concordâncias bíblicas só fornecem referências verbais (vide Uni. 1 Cap. 1 Item 5) O mesmo ocorrendo com as referências marginais de certas edições bíblicas.

Muitos estudantes novatos têm cometido erros de ensino por se basearem apenas em referências verbais. Note que o fato de uma palavra ser repetida não significa que o assunto tratado é o mesmo. Cuidado!

Assim, observar a lei do contexto é comparar escritura com escritura. Para isso é necessário ter idoneidade e discernimento espiritual proveniente de Deus. Ver Tg 1.5; 1 Jo 5.20; Lc 24.45

4.    Conheça as antigüidades bíblicas - Observe o modo de vida e costumes dos povos bíblicos. Isto é de grande valia na interpretação de textos obscuros.

5.    Tenha bom-senso - Use a razão que é o mais alto dom dado por Deus ao homem. A Bíblia foi dada não apenas ao coração, mas também à mente, Hb 8.10; 10.16. Na Bíblia não existe contra-sensos. Ao depararmos um texto difícil, aparentando discrepância, incoerência, injustiça, algo chocante, não pensemos logo em erro. É preciso ter em mente a analogia bíblica.

6.    Conheça o Plano global de Deus. Procure conhecer o plano de Deus para o homem, isto inclui as Alianças e Dispensações através dos séculos, Ef 3.11; Hb 6.17.

7.    Conheça a linguagem figurada das Escrituras. É abundante a linguagem figurada na Bíblia. Sendo as mais abundantes são tipos e símbolos.

O Tipo é o meio de Deus declarar verdades por meio de figuras, o tipo é constituído geralmente de pessoas, objetos ou eventos. Ele aponta o futuro, para a manifestação, o antítipo ou seja, a realidade figurada. Geralmente no Antigo Testamento encontramos os tipos e no Novo Testamento o antítipo.

Já o símbolo, este geralmente é um objeto apenas, realçando algo já existente por meio de figuras. Um tipo poderá conter vários símbolos, nunca o contrário.

1.4.6          Noções de Homilética

Esta é arte de pregar sermões, a conhecida pregação da Palavra.

1.4.6.1       A preparação do pregador

Isto é de suma importância.

Antes de preparar o que vai dizer, é necessário que o pregador primeiro se prepare. Como isso é feito?

1.4.6.1.1      Preparação mental:

Tenha a mente tranqüila, aberta, para isso procure um ambiente calmo, livre de pressões e problemas. Deus não conseguirá encher a tua mente da Palavra se ela já estiver cheia de problemas.

Também é necessário que o pregador seja instruído na Palavra de Deus e no saber humano, pois vamos falar humano. Não deixo de ficar preocupado quando vejo o jovem cristão negligenciando o estudo secular com desculpa de consagração ou dedicação a Deus. Isto causa certo desconforto quando vemos pregadores sendo motivo de escárnio por não saberem muitas vezes falar de maneira correta ou por usar palavras vulgares no lugar santo. Irmão lembre-se: “Procurar apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (1 Tm 2.15). Não creio que não haja constrangimento tanto da platéia quanto do pregador quando notamos as risadas dos ouvintes devido algum “nos-vai-ou-agente-vamos”. Confira 1 Co 14.9

1.4.6.1.2      Preparação Espiritual:

Dependência total do Espírito Santo para vivificar e ungir a mensagem que o sermão trará. Nós podemos escolher o texto, preparar o sermão, mas a mensagem só existirá se for dada por Deus, Confira Jo 6.63; At 10.44. Ore! Fale a Deus sobre os homens antes de falar aos homens sobre Deus. Estude a Palavra! É ela que será a base da pregação e não as nossas palavras. Quem semeia a Palavra certamente colherá frutos (2 Tm 2.15; Sl 126.6). Agora, se semeamos o saber humano, quanto mais sedo desistir melhor!

1.4.6.1.3      Obstáculos à preparação do pregador

Muitas fezes, no exato momento em que o pregador esta se preparando, surgem interrupções e obstáculos, O pregador sábio e escorado em Deus saberá rodear e resistir tais pressões, pois geralmente trata-se do Diabo, roubando a Palavra de Deus

1.4.6.2       O Sermão quanto as suas fontes:

Isto é, motivos para sermões. Podem ser:

Þ  A Bíblia - Esta é uma fonte inesgotável.

Þ  Fichário pessoal - Todo pregador deve possuir apontamentos individuais.

Þ  Livros, revistas e jornais apropriados - O pregador deve ler muito.

Þ  A Natureza em geral - O pregador deve ser um bom observador. A natureza, assim como as viagens que ele faz fornecem materiais para o sermão.

Þ  Acontecimentos importantes tantos locais quanto mundiais - O pregador deve estar atualizado com os acontecimentos. É maravilhoso ao assistimos um telejornal vemos um acontecimento previsto por Deus em Sua Palavra.

Þ  As necessidades espirituais do rebanho

Þ  Sermões de outros - Não copiados, plagiados ou repetidos, mas revestidos da individualidade do novo pregador.

Þ  A Inspiração divina momentânea - Isto pode acontecer em qualquer lugar ou ocasião. Muitas vezes, onde menos se espera. Devemos no entanto tomar cuidado com esta última fonte pois ela pode tornar-se fonte de descuido. É lamentoso vermos um pregador subir ao púlpito e dizer que “não preparei nada mais vamos ver onde eu abro a Bíblia”.

1.4.6.3       O propósito do sermão.

Este pode ser:

Conversão de perdidos - Este propósito deve estar em toda pregação da palavra

A Edificação dos crentes - Deve acompanhar o anterior.

Despertamento da Igreja - Busca o despertar de crentes frios, desviados

Instrução de obreiros - Todo obreiro deve reservar parte do seu tempo para a instrução de outros obreiros

A Obra missionária - remete ao primeiro propósito

Promoção do trabalho local - Envolve cruzadas, campanhas, congressos, conferências, etc.

1.4.6.4       O Sermão pode assumir as seguintes formas:

1.4.6.4.1      Sermão Temático:

É o que expõe uma verdade bíblica implícita em um tema escolhido pelo pregador. Este tema deve encaixar-se em um texto bíblico de modo coerente.

Aqui é o texto adaptado ao tema.

O conteúdo deve ter em vista o tema principal.

Sem cuidado especial, este tipo de sermão pode virar uma simples exposição de conhecimentos humanos.

1.4.6.4.2      Sermão Textual:

É a exposição da verdade bíblica contida em um texto bíblico.

Aqui é o tema adaptado ao texto.

Pode ser textual puro quando as suas divisões vem do texto tomado; textual por inferência quando suas divisões vem de expressões resumidas do pregador; e textual analítico quando divide ao máximo o texto tomado.

1.4.6.4.3      Sermão Expositivo:

É uma análise pormenorizada, lógica e com aplicação do texto bíblico. Era utilizado pela Igreja primitiva como podemos ver nos livros do Novo Testamento. Exige muito do pregador pois requer sólido conhecimento sistemático das Escrituras, isto é uma sólida cultura bíblica geral. O Espírito Santo só lembrará o pregador daquilo que ele sabe.

1.4.6.4.4      Sermão Ocasional:

É utilizado em datas cívicas e festivas ou ocasiões solenes. O Espírito Santo pode transformar este sermão em um sermão profético, o qual não resulta de preparação especial do pregador tomado pelo Espírito.

1.4.6.5       A Estrutura do Sermão:

O sermão é dividido em três fazes:

Þ  Introdução ou exórdio - deve ser breve e deve constar de anúncio do tema, texto bíblico com a sua leitura e a matéria introdutória que pode ser um fato ambiental ou circunstancial local ou não.

Þ  Corpo do Sermão ou desenvolvimento - É o desenvolvimento do tema com a apresentação das suas divisões que deve ter no máximo 5 divisões sendo o ideal em número de 3.

Þ  Conclusão do Sermão ou Peroração - Deve ser breve e objetiva, trazendo sempre uma aplicação prática junto aos ouvintes. Deve conter veemente apelo à conversão, santificação e a consagração a Deus.

1.4.6.6       A Entrega do Sermão:

Existem pregadores que cansam a platéia pelo longo tempo tomado, pela falta de preparo, pelas impropriedades e incoerências que dizem, e ainda se sentem ofendidos ao ver o corpo da igreja se esvaziando! Estes quando sentam é um alívio.

O tempo utilizado na exposição de um sermão não deve nunca ultrapassar 40minutos. Há pregadores que não tomam cuidado com este detalhe. Atropelam o relógio, julgando-se um “vaso” e que a platéia está gostando quando todos dizem juntos Amém, Amém, Amém!

Também o pregador deve dosar os seus gestos evitando os extremos quando de tanto pular viram fantoches ou de tão quietos parecem múmias. Aqui também deve ser observado o uso correto da linguagem. Tenha sempre o bom senso!

1.4.6.7       Exemplos de Sermões:

Existe vários livros que tratam sobre o assunto, procure conhecê-los pois eles fornecem exemplos de matéria e estilos a serem utilizados pelo pregador.

1.4.7          Noções de Cronologia Bíblica

A cronologia bíblica, assim como toda cronologia antiga, é quase toda incerta. As datas eram contadas baseadas em fatos e eventos importantes dentro de cada povo. Assim, não existia um calendário geral para controle do tempo, antes cada povo possuía o seu.

Os escritores bíblicos, por sua vez não registravam datas, apenas citando os acontecimentos. Geralmente as datas, quando citadas, tomavam por base eventos particulares como construção de cidades, coroações de reis, etc.

O trabalho de estudiosos, juntamente com as descobertas arqueológicas, vem ajudando a precisar as datas da história antiga, inclusive à bíblica.

Algumas edições bíblicas trazem em suas margens datas. Todavia estas não pertencem ao texto original. Foram calculadas pelo arcebispo anglicano Ussher em 1650, e é conhecida como cronologia aceita. O progresso dos estudos dos assuntos orientais, bem como às descobertas arqueológicas vem causando divergência quanto à estas datas.

A Arqueologia Bíblica é importante, pois ela ajuda a situar no tempo a progressão das mensagens na medida em que ela fornece fatos e outros pontos de referência.

A Bíblia não tem por finalidade ser um livro de história, e sim um manual que mostrasse ao homem o plano de Deus para a sua salvação. Em vista disto, existem na narrativa bíblica, principalmente na época dos juizes, do reino dividido e nos profetas, reinados associados, intervalos de monarquia, arredondamento de números, e outros elementos que dificultam a precisão cronológica dos fatos.

Para entendermos a cronologia vale a pena lembrar que a contagem dos anos no período entre Adão e Cristo é feita em ordem regressiva, isto é, vai de Cristo até Adão. Assim a contagem dos anos iniciam-se no nascimento de Cristo ( tido como Ano 1 ) e termina em Adão (ano 4004 A.C. tido como o ano da Criação adâmica.

O uso do calendário é tão antigo como o próprio homem. Os primeiros povos a utilizá-lo foram os egípcios. Existem calendários diversos. Aqui, apenas faremos menção do calendário cristão, do qual o atual é uma extensão.

No ano de 526 A.D. o imperador romano do Oriente, Justiniano I decidiu organizar um calendário original. Esta tarefa foi entregue ao abade Dionísio Exiguus, o qual cometeu um erro fixando o nascimento de Cristo no ano de 753 do calendário romano, quando na realidade o ano correto era o de 749. Isto resultou em um erro de cerca de 5 anos de atraso.

O nosso calendário atual nasceu em 1582 quando o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, tirando-lhe 10 dias a fim de corrigir as diferenças advindas de 46 A.C. quando Júlio César reformulou o calendário então existente.

O termo calendário deriva-se do latim “calenda” que era o primeiro dia de cada mês entre os romanos.

1.4.7.1       As divisões do tempo:

Þ  O Dia - Tanto entre os judeus como entre os romanos era dividido em 12 horas, isto é o período em que há luz. Entre os judeus o dia ia de um por do sol a outro, e entre os judeus de uma meia noite a outra. Em ambos os povos, as horas do dia e da noite eram contadas separadamente isto é doze horas para o dia e doze horas para a noite. Entre os judeus a primeira hora da manhã era às seis da manhã o mesmo ocorrendo em relação à noite.

Þ  A Semana - Entre os judeus os dias não possuíam nomes, e sim números, com exceção dos dois últimos dias da semana.

Þ  O Mês - Eram lunares, e iam de uma lua nova à outra, sendo este dia festivo e santificado. (Nm 28.11-15; 1 Sm 20.5; 1 Cr 23.31). Tinham 29 e 30 dias alternados. Antes do cativeiro babilônico eram designados por números, após isto, passaram a ser designados tanto por nomes quanto números.

Þ  Os Anos - Eram compostos por 12 meses, perfazendo um total de 354 dias. Os judeus observavam dois anos diferentes: o religioso, iniciava em Abibe, ( mas ou menos Abril ) e o civil começando em Tisri ( mais ou menos em outubro )

Þ  A contagem dos séculos é feita da seguinte forma. Toma-se o ano em questão, despreza-se os números correspondentes à centena e dezena. Dos que sobrar diminui-se “1” e temos o século em questão. Ex. tomando por base o ano de 1568, desprezamos “68” e diminuímos “1” de “15” logo o ano de 1568 pertence ao séc. IVX. Logo: o séc. I corresponde os anos entre 01 e 100 A.D.; o séc. II, os anos entre 101 e 200 A.D. e assim sucessivamente.

1.4.8          - Noções de Geografia Bíblica

A Geografia Bíblica é parte da Geografia Geral e estuda terras, e povos bíblicos, e também o todo material de natureza geográfica existente no texto sagrado.

Esta área da Geografia é de suma importância pois auxilia no estudo e compreensão da Bíblia. Muitas passagens obscuras da Bíblia tornam-se claras quando analisadas pela geografia bíblica. A Bíblia possui um vasto acervo geográfico, pois a cada passo são mencionados, terras, montes, rios, cidades, mares e outras citações geográficas.

A Geografia é o palco terreno e humano da revelação de Deus à humanidade. Ela, juntamente com a cronologia, auxilia-nos a situar a mensagem bíblica no tempo e espaço. Também ao localizar os fatos e os acontecimentos torna a leitura agradável, pois dá vida e cor ao desenrolar o plano de Deus para com os homens. Ë mais fácil o ensino da Bíblia quando podemos apontar e descrever os locais citados no texto. Ex: Lc 10.30; Dt 1.7

O conhecimento da geografia, das terras, povos e nações circunvizinhas ao povo escolhido esclarece fatos e ensinos contidos na Bíblia.

1.4.8.1       As fontes de Estudo da Geografia Bíblia:

A Bíblia - É a fonte principal. Ela faz menção em seu texto de inúmeros lugares, acidentes geográficos, povos, nações, etc. Isto merece um estudo cuidadoso. A Palavra de Deus contém capítulos inteiros dedicados a assuntos de natureza geográfica. Exemplo Gn 10, Ez 45 - 47. A Bíblia registra cerca de 600 cidades da Palestina Ocidental.

Um dos problemas encontrado pelos estudantes da Bíblia é que grande parte dos países, cidades e regiões inteiras possuem hoje nomes diferentes. Exemplos: a Pérsia é o atual Irã; a Assíria é parte do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo é hoje a Iugoslávia, e assim por diante.

2.         Anexos

2.1.1.1       Cronologia dos principais acontecimentos bíblicos:

Fato

Ano ou Período

O Mundo Antediluviano

4004 - 2400 A.C.

Do Dilúvio a Abraão

2400 - 2000 A.C.

Os patriarcas de Abraão, Isaque e Jacó

2000 - 1800 A.C.

Israel no Egito

1800 - 1400 A.C.

Período dos Juizes

1400 - 1100 A.C.

A Monarquia do Reino Unido - Saul, Davi e Salomão

1053 - 933

O Reino Dividido

933 - 586 A.C.

Queda do Reino do Norte

721 A.C.

O Exílio Babilônico

606 - 536 A.C.

Restauração da Nação Israelita

536 - 432 A.C.

Ministério dos profetas literários

800 - 400 A.C.

Nascimento de Jesus

cerca de 5 A.C.

Ministério de João Batista

29 A.D.

Ministério de Jesus

30 - 33 A.D.

Conversão de Paulo

35 A.D.

Fundação das Igrejas da Ásia Menor e Europa por Paulo

50 - 65 A.D.

Início da Revolta dos Judeus contra os romanos

66 A.D.

Destruição do templo de Jerusalém

70 A.D.

Escrito o Apocalipse por João

96 A.D.

Morte de João Evangelista

100 A.D.

 

2.1.1.2       Cronologia dos principais impérios mundiais, ou seja, o período de supremacia destes sobre o mundo conhecido de então:

Império

Período

Egito

1600 - 1200 A.C.

Assíria

900 - 607 A.C.

Babilônia

606 - 536 A.C.

Pérsia

536 - 331 A.C.

Grécia

331 - 146 A.C.

Roma

146 A.C. - 476 A.D.


3.         Teologia Sistemática

3.1          Introdução

O vocábulo “doutrina” significa ensino normativo, terminante, regra de fé e regra prática. Doutrina é um assunto da maior seriedade pois possui o poder de ser altamente influenciadora para o bem ou para o mal. A sã doutrina provém de Deus e como tal é uma bênção para todos os que a toma por regra de vida. Já a falsa doutrina vem de homens e demônios e por isso corrompe, mata, contamina, ilude e destrói.

Deus deseja que depois de salvo o homem chegue ao pleno conhecimento da verdade, 2 Tm 2.4. E este é o motivo principal da ruína de muitos crentes e da existência de tantas divisões no seio da Igreja. A ignorância espiritual pode trazer sérias consequências, vede 2 Rs 4.39,40; Jz 16.20; 2.10.

Vamos então pedir ao Espírito Santo que torne a sã doutrina uma realidade em nosso meio e que nos livre do que não provém de Deus!

3.2          - Importância da Doutrina

A importância ou valor da doutrina para a Igreja do Senhor e o crente em particular é notória em 1 Tm 4.16; 2 Tm 4.3; 2.2; Tt 2.7; 1.9; Hb 13.9; 2 Pe 2.1; At 20.30; Mt 28.19; Gl 1.6-9. Outro fato que ressalta a importância da doutrina é que em Ef 6.14 a primeira peça da armadura do cristão é o cinto da verdade.

3.3          Origens de Doutrina:

Existem três formas de doutrina. Uma é sublime e santa e duas perniciosas e deletérias.

1.    A Doutrina de Deus -  At 13.12; 2.42; Lv 4.32; Pv 4.2; Mt 7.28; Tt 2.10; Jo 7.16

2.    A doutrina de homens - Mt 15.6; 16.12; Cl 2.22; Jr 23.16; Tt 1.14

3.    A doutrina de demônios - 1 Tm 4.1; 1 Co 12.3

Existem espíritos maus cuja atividade não é espalhar violência mas ocupar-se com o ensino pernicioso, falso, errôneo e enganoso.

3.4          Diferenças básicas entre Doutrina e costume:

As principais diferenças são:

1.    Quanto a origem - A Doutrina é divina; o costume é humano

2.    Quanto ao alcance - A Doutrina é geral; o costume é local

3.    Quanto à duração - A doutrina é imutável; o costume é temporário.

Assim, existem costumes bons e maus. A Doutrina Divina leva a bons costumes, mas bons costumes não levam à sã doutrina. Existem igrejas com um somatório imenso de costumes mas sem doutrina alguma. Isso é muito perigoso! Seus membros naufragam com facilidade pela falta de lastro doutrinário.

3.5          O Perigo das Falsas Doutrinas

Uma das atividades prediletas do Diabo é subtrair a Palavra de Deus, Mt 13.19. Isto é percebido, muitas vezes,  até mesmo no púlpito onde a Palavra de Deus é substituída por coisas vãs.

O Diabo é o inspirador de todo ensino falso, 1 Tm 4.12, e o perversão dos verdadeiros, 2 Pe 3.16

A principal arma contra a mentira é a verdade divina quando conhecida e aplicada. É por ela, mediante o Espírito Santo, que discernimos entre o verdadeiro e o falso.

3.6          Classificação das doutrinas da Bíblia

Podem ser divididas em três grandes grupos:

1.    Doutrinas da Salvação - São as mais fáceis de entender

2.    Doutrinas da Fé Cristã - Não são tão fáceis de entender

3.    Doutrinas das coisas futuras - São as mais difíceis

3.7          As principais doutrinas da Bíblia são:

1.    A inspiração divina e plenária da Bíblia

2.    O Trino Deus

3.    Os Anjos

4.    A Criação de todas as coisas

5.    O Homem

6.    O Pecado

7.    A Salvação e a Vida Cristã

8.    A Lei e a Graça

9.    A Igreja

10.O Batismo em Água

11.A Ceia do Senhor

12.O Batismo com o Espírito Santo

13.Os dons e os frutos do Espírito santo

14.A Santificação bíblica

15.A Fé

16.A Cura Divina

17.Dízimos e Ofertas

18.O Estado ( a nação ) e o crente

19.Morte, ressurreição e destino eterno do homem

20.A Segunda Vinda de Jesus

21.O Reino Milenal de Cristo

22.O Juízo Final

23.O Perfeito estado Eterno

24.As Dispensações e Alianças

3.8          Esboço das Principais Doutrinas Bíblica:

3.8.1          A Inspiração divina e plenária da Bíblia

1.    Toda a Bíblia foi dada por inspiração

2.    A inspiração não foi só da idéia, mas também do texto

3.    Até o número gramatical é inspirado

4.    O crente e a Bíblia

3.8.2           O Triuno Deus

1.    A Trindade Santa

2.    Deus é Uno

3.    O Homem - Unidade composta

4.    Todas as três pessoas da trindade são eternas

5.    O homem deve crer no que Deus declara

6.    A unidade de Deus é unidade composta

7.    Muitas coisas físicas formam unidades composta

8.    Deus o Pai

9.    Deus o Filho

10.Deus o Espírito Santo

11.Quatro realidades sobre Jesus

Þ  Atributos divinos

Þ  Sua natureza

Þ  Seus ofícios

Þ  Sua obra

12.Cinco operações do Espírito Santo

Þ  Regenera

Þ  Habita

Þ  Enche

Þ  Santifica

Þ  Renova

13.É futilidade querer descrever Deus

14.A manifestação da Trindade para os sentidos humanos

3.8.3          Os Anjos

1.    São seres espirituais

2.    Sua missão principal

3.    Anjos Santos

4.    Divisão em classes e categorias

5.    São diferentes

6.    Resumo acerca dos anjos

Þ  Origem

Þ  Natureza

Þ  Caráter

Þ  Ministério

Þ  Acompanham os salvos quando partem deste mundo

Þ  Tiram os salvos de sérias dificuldades

7.    Os demônios

Þ  Não são anjos

Þ  A Escritura não descrimina a sua origem

Þ  A Bíblia testifica de sua existência

Þ  No Novo Testamento

Þ  Têm personalidade

Þ  São reais

Þ  Têm pavor de Jesus

Þ  Existem muitos

3.8.4          A criação de todas as coisas

1.    Deus criou todas as coisas

2.    O trabalho das Divinas pessoas

Þ  O Pai planejou

Þ  O Filho criou

Þ  O Espírito Santo deu vida

3.    A criação do invisível

4.    A Evolução nada criou

3.8.5          O Homem

1.    A Palavra de Deus

2.    Adão o primeiro homem

3.    Deus fêz o homem perfeito

3.8.6          O Pecado

1.    Sua origem

4.    Sua definição divina

2.    Sua realidade

3.    Seus aspectos malignos

Þ  Quanto à natureza

Þ  Quanto à prática

Þ  Quanto à origem

Þ  Quanto às consequências

Þ  Quanto ao perdão

4.1.1          A Salvação e a vida cristã

1.    A salvação é uma milagrosa transformação

2.    A Salvação é dom gratuíto de Deus

3.    A origem da Salvação

4.    A base da Salvação

5.    O meio da Salvação

6.    Os três passos para o pecador obter a Salvação

Þ  Reconhecer que é pecador

Þ  Confiar em Jesus

Þ  Confessar que Cristo é o seu salvador

7.    Aspectos simultâneos da Salvação

Þ  Justificação

Þ  Regeneração

Þ  Santificação

8.    A segurança da salvação

Þ  É eterna

Þ  A condição

Þ  Evidências

*      O testemunho do Espírito Santo

*      O testemunho da Palavra

*      O testemunho da mudança

*      O testemunho da nossa consciência

*      O testemunho dos frutos produzidos

*      O testemunho da aversão ao pecado

*      O testemunho da observância

*      O testemunho do amor fraternal

*      O testemunho da vitória

4.1.2          A Lei e a Graça

1.    O propósito da Lei

Þ  Revelar o caráter maligno do pecado

Þ  Revelar a Santidade de Deus

Þ  Mostrar que é impossível para o homem cumprir a Lei

2.    Cristo é o fim da Lei

3.    Os fiéis de Deus do Antigo Testamento também foram salvos pela graça

4.    A Lei é baseada em obras

5.    Jesus veio para cumprir a Lei

6.    A parte moral da Lei é universal e eterna

7.    O propósito da Graça

8.    A Lei condena o melhor homem; a graça pode salvar graciosamente o pior homem

9.    A Lei expressa a vontade de Deus

10.A lei não pode aperfeiçoar coisa alguma

4.1.3          A Igreja

1.    É o corpo de Cristo

2.    É a presente habitação de Deus

3.    A fundação da Igreja

4.    A missão da Igreja

Þ  Pregar o Evangelho

Þ  Ser o lar espiritual dos que estão a caminho do Céu

5.    O ingresso na igreja de Deus

6.    O futuro da Igreja

4.1.4          O Batismo em Água

1.    O cristianismo não é ritualista. Por isso Cristo ordenou apenas duas instituições: o Batismo em Água e a Ceia do Senhor.

2.    O batismo fala da nossa fé

3.    É a identificação pública do crente

4.    A fórmula do batismo

5.    A autoridade para batizar

6.    O modo de batismo em água

Þ  Por imersão

Þ  A linguagem bíblica

Þ  O batismo por aspersão

4.1.5          A Ceia do Senhor

1.    É uma das ordenanças

2.    Jesus terminou o Seu ministério com a Ceia

3.    Finalidade da Ceia

Þ  Anunciar a Nova Aliança

Þ  É um memorial da morte do Senhor

Þ  É uma profecia da Boda do Cordeiro

Þ  Não é consertar vidas

4.    Observações:

Þ  O Pão asmo

Þ  Filas de perdão

Þ  É o maior ritual do Cristianismo: interromper ou cancelá-la é uma grande ofensa a Cristo, seja qual for o motivo. É profanação!

Þ  Cada participante examina a si mesmo

Þ  No Batismo o crente se une a Cristo, na Ceia Este se une ao Crente.

4.1.6          O Batismo com o Espírito Santo

1.    O que é o batismo com o Espírito Santo

2.    A promessa divina

3.    A promessa cumprida

4.    A finalidade do Batismo

5.    Os candidatos ao Batismo

6.    Como receber o Batismo

Þ  Pela fé

Þ  Em obediência

Þ  Esperando

Þ  Orando

Þ  Em união

Þ  Cuidando da espiritualidade

Þ  Tendo sede de poder

7.    A evidência física inicial

8.    A plenitude do espírito produz no crente

Þ  Vida

Þ  Poder

Þ  Santidade

4.1.7          Os Dons e os Frutos do Espírito Santo

1.    Os dons

2.    A lista dos dons

3.    Alvo e efeito dos dons

Þ  Glorificação de Jesus

Þ  Confirmação da Palavra

Þ  A expansão da obra de Deus

Þ  A edificação da Igreja

4.    A classificação dos dons

Þ  Três são de saber

Þ  Três são de poder

Þ  Três são de expressão verbal

5.    São regulados e equilibrados pela revelação divina

6.    As línguas estranhas como evidência do batismo

7.    Quanto a profecia

8.    Diferença entre dom e espírito

Þ  O dom é dado, o fruto é criado

Þ  O dom vem com o batismo no Espírito Santo, o fruto deve vir com a conversão

Þ  O dom vem do alto, o fruto do interior

Þ  O dom vem perfeito, o fruto é aperfeiçoado

Þ  Dons dalam de serviço, fruto fala de caráter

Þ  Muitos crentes ao invés de viverem a cata de dons, deveriam produzir frutos

Þ  O dom terminará um dia, o fruto é eterno

9.    Afinal, o que é o fruto do Espírito? É a manifestação da natureza de Cristo através do crente. É a reprodução da vida e do caráter de Cristo no crente. Ele é o original. O crente a cópia.

4.1.8          A santificação Bíblica

1.    É um dos aspectos da nossa salvação

2.    A santificação bíblica abrange tanto a separação do mal, como a dedicação a Deus

3.    A santificação é uma qualidade intrínsica de Deus

4.    A santificação e o crente

Þ  É a vontade de Deus para o crente

Þ  O Senhor Jesus morreu para isso

Þ  A importância e a seriedade da santificação

Þ  Deus nos chamou para isso

Þ  É nela que o diabo tem intensificado os seus ataques nesses últimos dias

Þ  É considerada fanatismo por alguns

5.    Nossa santificação é posicional

6.    Nossa santificação é subjetiva, ou pessoal, e progressiva

7.    Meios divinos de Santificação

Þ  O Sangue de Cristo

Þ  A Palavra de Deus

Þ  O Espírito Santo

Þ  A Glória de Deus

4.1.9        A Fé

1.    Expressões da fé

Þ  Fé Salvadora

Þ  Fé fruto do Espírito Santo

Þ  Fé dom do Espírito

Þ  Fé o Evangelho completo

Þ  Fé confiança absoluta em Deus

2.    O valor da fé:

Þ   É vital

Þ  A falta de fé é pecado máter

Þ  O sobre-excelenter  amor necessita de fé

3.    Como obter fé:

Þ  Por Jesus

Þ  pela Palavra

Þ  Pelo Espírito

Þ  Pelo louvor

4.1.10      A cura divina

1.    É um dos benefícios da Morte de Jesus

2.    É parte do Evangelho

3.    meios da cura divina

Þ  Oração pessoal

Þ  Oração de terceiros

Þ  Oração e unção

Þ  Dons de curar em ação

4.    Porque muitos não são curados:

Þ  Falta de fé

Þ  Pecado não confesso e encoberto

Þ  Misericórdia de Deus: Muitos só ficam na igreja enquanto enfermos

Þ  Egoísmo: Buscam a cura apenas para proveito próprio

Þ  Flata de perseverança: Com a demora do atendimeno divino, deisistem de pedir a cura

Þ  Prova de fé

Þ  Pecado para a morte

Þ  O não querer perdoar ao irmão

Þ  Às vezes não é doença, é espírito maligno. Nesses caso não necessita de cura, e sim de libertação.

5.    Jesus quer curar e libertar!

4.1.11       Dízimos e Ofertas

1.    O dízimo fixo é 10% de toda nossa renda

2.    O dízimo pertence a Deus

3.    Em se tratando de dízimos não pagos, acresce 20% do valor deste

4.    Quem não paga dízimo

5.    As ofertas voluntárias comuns ou regulares

Þ  Uns dão metade do que tem

Þ  Uns dão tudo o que tem

4.1.12      O Estado (Nação) e o crente

1.    Mt 22.21

2.    Rm 13.1-7

3.    1 Pe 2.13,14,17

4.1.13      Morte, Ressurreição e destino eterno do homem

1.    Só passamos por essa vida uma vêz

2.    A alma é imortal

3.    A morte não é extinção

4.    As escrituras referem-se à morte

5.    O Inferno não foi preparado para o homem

6.    A ressurreição é apenas do corpo

7.    A primeira ressurreição

4.1.14      A segunda vinda de Cristo

1.    Como será?

2.    Quando será?

3.    O Anticristio

4.    Os propósitos da Vinda do Senhor

Þ  Levar a Igreja a si

Þ  Consumar a salvação do crente

Þ  Glorificar os crentes

Þ  Julgar e recompensar a todos

Þ  Prender satanás

Þ  Restaurar todas as coisas

Þ  Revelar os mistérios de Deus

Þ  Libertar e abençoar o cristão

Þ  reinar, os cristãos, com Cristo eternamente

Þ  Ser glorificado (Deus)

4.1.15      O Reino milenial de Cristo

1.    O Milênio e a Volta de Cristo

Þ  Ele voltará pessoalmente

Þ  Ele voltará com os seus santos

Þ  Ele voltará para julgar as nações

Þ  Ele voltará para prender a satanás

2.    O Milênio e os salvos

3.    O Milênio e os seus aspectos

Þ  Paz na criação

Þ  Paz em Israel

Þ  Paz entre os povos

Þ  Paz entre Israel e os Árabes

Þ  Justiça perfeita

Þ  Abundância de víveres

Þ  Glória

4.    O Milênio e a Terra

5.    O Milênio e Israel

4.1.16      O Juízo Final

1.    A certeza disso Jesus já deu

2.    Nessa ocasião os ímpios falecidos de todas as épocas ressuscitarão

3.    O julgamento será de acordo com as obras

4.    Deus, sendo perfeito em justiça, julgará os que pecarem sem Lei

5.    Quanto aos que morrerem sem o evangelho

4.1.17      O Perfeito Estado Eterno

1.    A promessa divina em que confiamos

2.    João, o Evangelista já viu

3.    Ap 21 e 22

4.    A igreja estará em estado de glória

5.    As insondáveis belezas celestiais

6.    A medida que eras futuras forem passando, conheceremos mais e mais das insondáveis riquezas do Salvador.

4.1.18      As dispensações e Alianças

1.    As dispensações

5.    O vocábulo equivalente a dispensação

2.    As dispensações:

Þ  A da inocência; Gn 2.7 à 3.24

Þ  A da consciência: Gn 4.1 à 7.23

Þ  A do Governo Humano: Gn 8.15 à 11.9

Þ  A Patriarcal: Gn 12 à Ex 19

Þ  A da Lei: Ex 19.30 à Jo 19.30

Þ  A da graça ou da Igreja: Vai da 1a à 2a Vinda do Senhor Jesus

Þ  A do Milênio: Vai do Juízo das Nações até o Juízo Final

3.    As Alianças:

Þ  A do Édem: Era condicional - Gn 1.28-30; 2.16,17

Þ  A de Adão: É incondicional - Gn 3.14-19

Þ  A de Noé: É incondicional - Gn 8.20 à 9.27

Þ  A de Abraão: É incondicional e perpétua - Gn 12.1-3; 13.14-17; 15.1-18

Þ  A de Moisés: Era condicional - Ex 20.1 a 31.18

Þ  A da Palestina: É incondicional - Dt 19.1 à 30.3

Þ  A de Davi: Ë incondicional - 2 Sm 7.8-17

Þ  A Nova Aliança: É incondicional - Mt 26.27; Hb 8; 2 Co 3.1-11; Jr 31.31,34

6.         Pedagogia

6.1          O Ensino

A pedagogia é a arte de ensinar e educar. São processos e técnicas de ensinar a infância, explorando leis psicológicas que regem o crescimento e o comportamento do ser humano

O ensino é não apenas ensinar, mas promover a aprendizagem. Este não pode ser forçado. Ensinar não é ler diante de uma classe, mas motivar o aluno a pensar. A função do professor é fazer com que o aluno seja vitorioso na vida.

Este deve ter objetivos definidos criando, no aluno, uma relação entre ele e:

Þ  Deus

Þ  O Salvador Jesus

Þ  O Espírito Santo

Þ  A Bíblia

Þ  A Igreja

Þ  Consigo mesmo

Þ  Com os demais alunos e professores.

6.2          As Leis do Ensino

Leis são princípios imutáveis que regem os atos e comportamentos de todas as coisas, inclusive o ser humano.

Leis do Ensino são as leis da teoria e da prática educacional, utilizadas pelo professor para criar condições para que o aluno aprenda aquilo que lhe é ensinado.

As leis da aprendizagem são os princípios de assimilação e retenção do ensino por parte do aluno. Estas leis funcionam por meio dos sentidos.

6.2.1          O processos da aprendizagem

Nos sentidos - O órgão de um determinado sentido recebe o estímulo vindo de fora, o nervo deste sentido transmite o estímulo recebido e o celebro recebe e reconhece o estímulo

Na mente - A mente percebe e identifica o estímulo. Isto gera uma idéia geral, formada pela combinação de estímulos semelhantes. A mente cria conceitos para os diversos estímulos e ao comparar estes conceitos, por meio do raciocínio ela chega a uma conclusão.

O conhecimento das leis de aprendizagem permite que o professor conduza o aluno través do desconhecido.

Assim, ensinar é orientar a mente do aluno promovendo a aprendizagem. Vede o exemplo de Jesus com a samaritana.

Aprendizagem por tanto é a capacidade do aluno poder pensar e agir por si próprio sob orientação inicial. Espiritualmente existem outros métodos de aprendizagem.

Assim, dois conceitos básicos de educação é: Toda criança normal é fisicamente imatura e mentalmente ignorante. Isto é válido para a vida cristã. 2 Pe 3.18; Mt 11.29.

O aluno normal aprende quando:

6.2.1.1       Motivado:

1.    Despertando para a realidade, aspirações

2.    Consciência do despreparo

3.    Retrogração de grupo

6.2.1.2       Gosta

Por escolha experimental ou efeito

6.2.1.3       Necessita

Funcionalmente ou futuramente

6.2.1.4       Vê fazer

Observação e motivação da possibilidade

6.2.1.5       Faz

Fazendo aprendemos, repetindo, aprimoramos

6.2.1.6       Quando há método certo de ensino

Adequado a idade e ao conhecimento, instalações e equipamentos corretos, meios auxiliares de ensino, material didático e objetividade no ensino.

6.2.1.7       Quando investiga, pesquisa independentemente

Isto requer orientação prévia

6.2.1.8       Quando existe Interesse

A atenção inicial gera o interesse.

6.2.1.9       Atenção depende do professor e interesse do assunto. Quando crê, confia

Confiança em si, na escola e no professor

6.2.1.10    Quando ora.

Deus abençoa a mente.

O professor deve orar muito pelos seus alunos

6.2.1.11    Quando recebe atenção pessoal

O professor precisa notar o aluno individualmente, dentro do grupo. Conhecer e reconhecer.

6.2.2          Os sentidos físicos

1.    Audição

2.    Visão

3.    Olfato

4.    Paladar

5.    Tato

6.    Cinestesia

Estes são portas de comunicação com o mundo exterior

Aprendemos:

Þ   20% do que se ouve

Þ  30% do que se vê

Þ  70% do que se examina

Þ  90% do que se faz

90% do que se fala Como o ensino chega a mente:

Percepção Þ idéia Þ juízo Þ raciocínio Þ conclusão

6.3          As três leis básicas de aprendizagem

1.    Lei da disposição mental

2.    Lei do efeito

3.    Lei do exercício ou repetição

6.4          O ensino de adultos

É um erro pensar que não podem ser transformados com relação a religião. Sua educação é das mais difíceis pois não é educação mas reeducação.

6.5          O professor e o ensino

Þ  O que é ensinar?

Þ  Porque ensino?

Þ  Qual o meu propósito?

Þ  O que ensino?

Þ  A quem ensino?

Þ  Como ensino?

6.6          O professor e o preparo da lição

Deve levar em conta a característica da classe e dos alunos

Þ  Material: Bíblia, revista, livros de consulta, o estudo apresentado na reunião, lições anteriores, apontamentos pessoais, ilustrações, oração

Þ  Etapas

1.    Estudo pessoal na revista e Bíblia

7.    Estudo em fontes de consulta

2.    Preparo do esboço da lição

3.    Escolha do método de ensino

4.    Preparo dos trabalhos intraclasse - testes, questionários, tarefas orais.

Quanto tempo você gasta preparando a lição?

7.1.1          Jesus como exemplo:

Jesus:

Þ  Conhecia a matéria que ensinava

Þ  Conhecia os alunos

Þ  Reconhecia o que havia de bom nos alunos

Þ  Era simples, claro

Þ  Diversificava o método

Þ  Dava o exemplo

7.2          Métodos e assessórios de ensino

Lembre-se a lição deve ser adaptada ao aluno, nunca o contrário!

Existem diversos métodos:

Þ  Preleção - Expositivo, nunca deve ser usado só. É praticamente nulo com as crianças

Þ  Perguntas e respostas - Também conhecido como socrático, ajuda a avaliar o nível de conhecimento do aluno, desperta o interesse e estimula o pensamento. Faça perguntas resumidas e claras, evite perguntas com respostas com monossílabos. Dirija-se a classe e depois de uns 5 segundos, dirija-se a um aluno. Valorize as respostas certas.

Þ  Discussão - Debate orientado: Pergunta - argumentação - análise - resposta. Se não for conduzido corretamente vira bagunça

Þ  Audio-visual - Atrai e domina a atenção. É de grande valor no meio infantil, porém pode ser usado nos demais.

Þ  Narração - São as histórias. Aqui a Bíblia é imbatível. Jesus usou este método nas parábolas. A história de pois de exposta tem que ser aplicada.

Þ  Leitura - O professor manda que os alunos leiam trechos da Bíblia. Isto possui um valor maior do que se imagina.

Þ  Tarefas - Aprender fazendo. Ideal para crianças nas mais tenras idades.

Þ  Demonstrativo - Ensinar fazendo, dando o exemplo.

7.2.1          Acessórios

1.    Quadros, gravuras coloridas

2.    Flanelógrafos

3.    Projetores de slides

4.    Transparências

5.    Mapas

6.    Livros de trabalhos manuais

7.    Lápis de cores, cartolina

7.3          Currículo e aproveitamento

Currículo é um grupo de assuntos que inclui um curso de estudos planejado e adaptado às idades e necessidades dos alunos

O currículo da EBD deve abranger os principais assuntos bíblicos necessários ao conhecimento e a experiência cristã.

Cada grupo de idade possui as suas características próprias físicas, mentais, sociais e espirituais.

Tal currículo deve ser dosado, desenvolvendo vida,  personalidade cristã.

Um simples conjunto de lições sem sequência nem relacionamento não forma um currículo.

Þ  O currículo deve prever uma extensão pré definida.

Þ  A avaliação é um recurso educacional essencial a dirigentes e professores para verificarem o estado geral real de suas classes e seus alunos.

Þ  A avaliação implica em objetivos traçados e definidos.

7.4          Psicologia educacional

7.4.1          O aluno

Para o professor é coisa indispensável conhecer o aluno. O semeador deve conhecer o terreno em que vai semear, e não lançar a semente a esmo. O aluno é a matéria prima da EBD. O professor que quiser ter êxito deve estudar não apenas a lição, mas também o aluno.

Os alunos são diferentes:

Þ  Quanto à idade

Þ  Dentro do próprio grupo, quanto as características do seu desenvolvimento físico, mental, social e espiritual. Daí cada idade requer um tratamento diferente. Jesus crescia nestes quatro aspectos: Lc 2.52.

1.    Estatura - físico

2.    Sabedoria - mental

3.    Graça diante dos homens - social

4.    Graça diante de Deus - espiritual

Não existem dois alunos iguais

O professor estuda o aluno

Þ  Observando-o

Þ  Visitando-o para conhecer o ambiente em que ele vive

Þ  Conhecendo os seus companheiros, seu trabalho, seus gostos

Þ  Conhecendo também seus planos de vida e seus problemas

Þ  Recordando o seu passado como criança (o professor)

Þ  Pesquisando em obras especializadas ou fazendo curso de Psicologia da Criança

7.4.2          A personalidade

Componentes da personalidade:

1.    Biótipo

2.    Temperamento

Þ  Alunos que obedecem ao centro motor

Þ  Alunos que obedecem ao centro sensorial

3.    Caráter

4.    O “Eu”

5.    O meio ambiente

6.    O controle e o aprimoramento da personalidade.

7.5          Característica dos grupos de idade

7.5.1          Berçário e jardim de infância (1 à 5 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.2          Primário (6 à 8 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.3          Juniores (9 à 11 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.4          Os intermediários (12 à 14 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.5          Os secundários (15 à 17 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.6          Os jovens (18 à  24 anos)

1.    Físico

2.    Mental

3.    Social

4.    Espiritual

7.5.7          Idades de 25 à 60 anos

1.    25 à 34 anos

2.    35 à 60 anos

3.    Acima de 60 anos

4.   Conclusão

8.         A Escola Dominical

8.1          Introdução

É a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim, os dois lados da comissão de Jesus; Mt 28.20; Mc 16.15. Ela é a própria Igreja ensinando. É também um ministério de pessoas para alcançar almas, sendo elas crianças, jovens, adultos, famílias ou até mesmo, uma comunidade inteira.

Ela ministra a pequenos e grandes o ensino sistemático da palavra, devendo ser de maneira metódica e pedagógica. Este ministério é pessoal e torna o professor mais chegado do que qualquer outra pessoa da igreja, inclusive o Pastor.

8.2          A História da Escola Dominical.

8.2.1          Nos dias de Moisés

Ao examinarmos o Pentateuco, vemos, que no princípio, os próprios pais eram responsáveis pelo ensino da revelação divina dentro do lar. O lar era uma escola, de fato, onde os filhos aprendiam a temer e a amar a Deus. Existiam também reuniões públicas das quais participavam homens, mulheres e crianças, a prendendo a lei divina.

8.2.2          Na época dos sacerdotes, reis e profetas

Os sacerdotes, além de ministrarem o culto divino, eram responsáveis pelo ensino da Lei; 2 Cr 15.3; Jr 18.18. Estes eram intermediários entre o povo e Deus; assim como os profetas eram intermediários entre Deus e o povo.

Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino religioso. Temos disso um exemplo no bom rei Josafá que enviou líderes, levitas e sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinarem ao povo a Lei do Senhor; 2 Cr 17.7-9.

8.2.3          Durante o cativeiro babilônico

Nesse tempo, os judeus estavam no exílio, privados do templo em Jerusalém. Assim instituíram as sinagogas tão mencionadas no Novo testamento. Nela eram realizadas os cultos e além disso eram utilizadas para ensino religioso e secular. O historiador Philo diz que eram casas de ensino tanto para crianças quanto para adultos.

Na sinagoga a criança recebia instrução entre os cinco e dez anos de idade entre dez e quinze, recebiam comentários dos rabinos. A principal reunião era aos sábados de manhã.

8.2.4          No pós-cativeiro

Nos livros de Esdras e Neemias vemos que ao retornar do cativeiro, o povo de Israel passou por um grande avivamento espiritual. Isto foi causado pela disseminação da palavra de Deus através de um vigoroso ministério de ensino bíblico. É aí que temos o primeiro relato de ensino bíblico de maneira metódica, similar ao que temos hoje. Em Neemias capítulo 8 vemos que Esdras era o superintendente, o texto base era a Palavra de Deus, os alunos eram homens, mulheres e crianças. Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos e outros treze serviam de professores. O horário era da manhã ao meio dia E existia aí um problema linguístico pois o texto era hebraico e o povo entendia aramaico.

8.2.5          Nos dias de Jesus

Este era o Grande Mestre, glorificando assim a missão do educador. Grande parte do Seu ministério foi ocupado pelo ensino. Sua última ordem à igreja foi ensinar.

A quem e onde Jesus ensinava:

1.    Nas sinagogas; Mc 6.2

2.    Em casas particulares; Lc 5.7; Mc 2.1

3.    No templo; Mc 12.35

4.    Nas aldeias; Mc 6.6

5.    Às multidões; Mc 6.34

6.    A pequenos grupos e individualmente; Lc 24.27; Jo caps. 3 e 4.

Jesus ensinava, pregava e curava. Ou seja era um ministério de poder, pela pregação ele anunciava a salvação; pelo ensino edificava a fé dos que criam e pelos milagres demonstrava o Seu poder, Sua divindade e glorificava o Pai. Isto também foi ordenado à igreja; Mc 16.15,18; Mt 28.19.

Os apóstolos também ensinavam.

Evidentemente, se o ensino bíblico fosse levado à sério, a Igreja seria maior, pecadores aos milhares converteriam-se. Porém poucos permanecem porque falta-lhes o verdadeiro ensino que lhes acimente a fé. Falta-lhes base espiritual sólida e profunda. O que causou a morte da planta não foi o sol, e sim a falta de raiz!

8.2.6          Nos dias da igreja

A Igreja primitiva dava muita importância ao ensino. Paulo, um grande mestre, foi usado por Deus neste ministério. Suas epístolas contém os mais variados temas. Ali alimentam-se grandes e pequenos, adultos e crianças, escravos e livres, homens e mulheres. Ele e Barnabé passaram um ano ensinando na igreja em Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou três anos (At 20.20-31) Em Corinto, um ano e meio (At 18.11).

Mais tarde o ensino foi interrompido, a Igreja ficou estacionada, ganhou fama, mas perdeu poder, isto trouxe a Idade Média.

A Reforma trouxe novamente a necessidade do ensino bíblico para que o movimento se consolidasse. Os líderes reformadores dedicaram-se a escrever livros de instrução religiosa e a reuniões com esta finalidade. Eles perceberam que pregar, apenas, não bastaria.

Tanto o pregador quanto o pregador usam a Palavra de Deus, porém as finalidades são diferentes. O pregador lança a rede em busca das almas perdidas, já o mestre instrui, simplificando as verdades bíblicas, ilustrando-as, repetindo sempre, pacientemente, até que o aluno aprenda. O professor precisa lembrar que ele está diante do povo para ensinar e não para pregar, diante da classe ele é um professor e não um orador.

Que a igreja lembre-se do resultado do descuido no ensino bíblico para as crianças, resultado este manifesto na Idade Média.

8.2.7          A Fase Atual

A Escola Dominical como hoje conhecemos começou com um movimento religioso que começou em 1780 em Gloucester, sul da Inglaterra. O fundador foi um jornalista evangélico, episcopal, Robert Raikes, de 44  anos, redator do Gloucester Journal. Ele foi tocado a fundar a escola dominical quando notou as crianças perambulando pelas ruas, ociosas, entregues aos vícios, sem qualquer orientação espiritual. Ele já realizava um trabalho entre os detentos e decidiu fazer algo para que aquelas crianças também não fossem parar na cadeia. Assim a cada domingo, ele procurava as crianças da rua e as encaminhava para o local de reunião pedindo-lhes que voltassem. No início, o trabalho não foi fácil.

Outro grande promotor da EBD foi o batista londrino Willian Fox, trabalhando em conjunto com Raikes.

Raikes, além do ensino bíblico, administrava ensino secular, leitura, aritmética, moral e cívica. A Bíblia, inicialmente, era utilizada como recital e leitura. Mas tarde ele passou a comentar o trecho lido. Somente, muito mais tarde é que surgiram as revistas da EBD.

No início as igrejas viram o gesto como inovação desnecessária. Os mais zelosos chegaram a acusar Raikes de profanar o domingo. Diziam estes que crianças mal comportadas dentro da igreja era profanação do santuário. Usando o jornal como coluna, o movimento tomou vulto. Assim surgiu um dos mais poderosos instrumentos de evangelização da Igreja.

8.3          Os objetivos da Escola Dominical.

8.3.1          Ganhar almas para Jesus

1.    O primeiro dever do professor da EBD é agir e orar diante de Deus

2.    Aplicar o que ensina

8.3.2          Desenvolver a espiritualidade dos alunos e o caráter cristão

1.    O ensino da Palavra é uma obra espiritual

2.    Em toda parte há um crescente interesse na instrução secular, poderia ser diferente no ensino da Palavra de Deus?

3.    A contribuição de uma escola dotada de obreiros treinados e cheios do Espirito Santo

4.    O futuro do novo convertido

5.    Um dos intuitos da EBD é fazer de seus alunos verdadeiros cristãos.

8.3.3          Treinar o cristão para o serviço do Mestre

1.    Ao promover treinamento espiritual

2.    O privilégio de contribuir para a causa de Cristo

3.    O lema da EBD - cada aluno um crente salvo; cada salvo bem treinado, cada aluno treinado um obreiro atuante

4.    O tríplice alvo da Escola Dominical: aceitar Jesus, crescer em Jesus e servir a Jesus.

5.    As Assembléias de Deus - O maior movimento pentecostal do mundo não explora o potencial da EBD

6.    Atenção - O diabo não dorme enquanto os trabalhadores cruzam os braços: Mt 13.25

7.    Está a EBD atingindo o alvo?

8.    A melhor escola do mundo: Possui o melhor livro do mundo; seu dirigente é o Deus vivo; seu alcance, o mais vasto, vai do bebê ao ancião; seus alunos são o melhor povo do mundo, seus resultados são, materiais, espirituais e eternos.

8.4          A organização da EBD

8.4.1          A Organização na Bíblia

8.4.1.1       A Igreja

É comparada a sistemas organizados:

1.    Templo

2.    Corpo

3.    Lavoura

4.    Edifício

5.    Rebanho

6.    Jardim

7.    Noiva

8.    Castiçal

8.4.1.2       Em Israel existia ordem:

1.    A perfeita ordem das tribos no acampamento

2.    Os detalhes da demarcação das terras

3.    O serviço no templo

8.4.1.3       Quanto a Cristo

Observai a multiplicação dos pães!

8.4.2          A organização Geral da EBD

8.4.2.1       Organização pessoal:

1.    Oficiais

2.    Professores

3.    Alunos

8.4.2.2       Organização material

1.    O prédio

2.    O mobiliário

3.    O material didático.

8.4.2.3       A Organização funcional

1.    Espiritualidade

2.    Ensino da Palavra

3.    Eficiência

4.    Planejamento

8.4.3          A Diretoria da EBD

1.    Superintendente e Vice

2.    1o e 2o Secretário

3.    Tesoureiro

4.    Bibliotecário

5.    Dirigente Musical

6.    Porteiros e Introdutores

8.4.4          Corpo docente e a reunião semanal dos professores

1.    Outros nomes

2.    Atenção - Mt 4.19; Pv 9.9; 1 Pe 3.15; 2 Tm 2.15

3.    O obreiro de maior responsabilidade e privilégio

4.    Requisitos para o ingresso no corpo docente

Þ  Ser um crente salvo

Þ  Ser membro da Igreja

Þ  Ter bom testemunho

Þ  Querer servir a Deus

Þ  Ser aplicado ao estudo da palavra

Þ  Ser batizado com o Espírito Santo

5.    Frequentar reunião de professores

6.    Fazer o CAPED

7.    A reunião semanal de professores

Þ  É uma reunião para obreiros da EBD

Þ  Os melhores dias

Þ  Os professores do setor infantil - Reunião separada

8.4.5          O corpo discente da EBD

1.    A importância do aluno - É o elemento mais importante, é a razão da existência da própria escola, as crianças são o campo mais fértil e promissor.

2.    O agrupamento por idade - Visa a eficácia do ensino. Vide a alimentação dos diversos membros de uma família.

Þ  Até 3 anos - Berçário

Þ  4 a 5 anos - Jardim de infância

Þ  6 a 8 anos - Primários

Þ   9 a 11 anos - Júniores

Þ  12 a 14 anos - Intermediários

Þ  15 a 17 anos - Secundários

Þ  18 a 24 anos - Jovens

Þ  A partir de 25 - Adultos

8.4.6          Organização das classes

8.4.6.1       Quanto à direção

8.4.6.1.1      O professor

Até doze anos é melhor que seja uma jovem ou senhoras. A fala, os gestos, a expressão facial, o afeto, a dramatização influem muito aqui. A partir dos doze, o ideal é que o professor seja do mesmo sexo dos alunos. Só assim, certos temas, poderão ser abordados de maneira eficiente.

8.4.6.1.2      O suplente

É o professor substituto

8.4.6.1.3      O secretário

Cuida de apontamentos da classe, conforme os formulários apropriados ou impressos adotados pela escola.

8.4.6.2       Quanto à matrícula

Até os intermediários - preferencialmente dez alunos por classe

Dos secundários em diante - até 20 alunos por classe

Obs.: O maior estudo bíblico oferecido por Jesus foi para duas pessoas.

Þ  Falta de espaço e professores provocam o excesso de alunos.

Þ  Escolas com muitas classes devem identificá-las por número

Þ  A escola deve ter classes especiais para novos convertidos, obreiros e não crentes

Þ  Cada classe deverá possuir sua própria comissão de visitas.

Þ  Quando existem muitas classes para uma mesma idade, devem ser agrupadas em departamentos, com instalações apropriadas e corpo docente suficiente.

Þ  A EBD pode possuir extensões em hospitais, prisões, internatos, orfanatos, asilos, grupos de estrangeiros, deficientes físicos, etc...

Þ  O primeiro departamento a ser organizado deverá ser o infantil.

8.4.7          A matrícula na EBD

8.4.7.1       A responsabilidade

É do secretário e de seus auxiliares nas classes.

8.4.7.2       providências

1.    Preenchimento do cartão de matrícula

2.    Transferência de alunos

3.    Atualização do rol

4.    Fichário da escola

8.4.7.3       âmbito

Do bebê ao ancião

8.4.7.4       Candidatos

8.4.8          Crentes e descrentes em geral.

Os professores serão matriculados em cadernetas e fichários à parte

8.4.9          Transferência de classes

É a passagem do aluno de uma classe para outra.

Ocorre quando o aluno atinge a idade limite

A época para transferência é janeiro de cada ano

A transferência deverá ser anotada na ficha do aluno

8.4.10      A secretaria da EBD

Quando funciona, é o termômetro da EBD.

Base bíblica: Sl 56.8; Ml 3.16; Ap 5.8; 20.12; Lc 12.7; 2 Co 5.9,10

Os dados estatísticos mostram:

Þ  O professor certo na classe certa

Þ  A condição atual da EBD

Þ  As necessidades e possibilidades futuras

Þ  Fornecem base para análise geral.

A dependência deve ser um cômodo para isto destinado.

Os ocupantes desta sala serão os dirigentes da EBD.

As atribuições: Matrícula, Fichário e arquivo, Relatórios, Testes, concursos e pesquisas

Aparelhamento: Móveis e equipamentos para escritório; Material de escrituração; livros; e fichário.

8.4.11      Biblioteca

Uma EBD pode conter livros, periódicos, recortes, gravuras, slides, transparências, murais, para consulta dos professores e alunos

Todo acervo deverá ser catalogado por um sistema eficiente para facilitar a localização

8.4.12      Manutenção

É provida pela tesouraria, visto que sua receita será encaminhada para a tesouraria da igreja. Porém a escola deve ser auto suficiente.

8.4.13      Programa de trabalho

Caso não utilize revistas especializadas, a EBD deverá criar um programa anual com o plano de ação, constando alvos e metas a serem atingidas, com a ajuda de Deus.

8.4.14      Organização de uma nova EBD

Þ  Fixe a data

Þ  Providencie o material didático

Þ  Escolha os novos obreiros

Þ  Prepare instalações

Þ  Matricule os alunos

8.4.15      A reunião

É um culto de aprendizado da Palavra de Deus.

O horário matutino é melhor, porém depende do local e das conveniências do trabalho dos alunos.

A arrumação prévia do local, a limpeza, iluminação, ventilação, som, material didático, escolha dos hinos, tudo deve estar pronto com antecedência. Providências em cima da hora indica desorganização.

O professor que chega atrasado não serve para a função. A escola deve seguir os horários de início e término.

8.4.16      A administração da EBD

8.4.16.1    O pastor

É o primeiro obreiro da EBD pela natureza do seu cargo. Ele é o real dirigente da EBD

É aconselhável que dirija as classes em sistema de rodízio.

8.4.16.2    O superintendente

Deve conhecer bem a Bíblia e o trabalho da EBD como um todo, deve zelar pela doutrina da igreja; promover entre os professores a leitura de obras de consulta; estimular a frequência dos alunos; ter em mente que organização e preparo sem o Espírito é fracasso na certa; manter a direção da escola completa; é responsável pela indicação dos professores. Dirigir o ensino bíblico em concordância com o pastor; avaliar, motivar e promover a EBD

8.4.16.2.1    Deveres semanais

Chegar cedo

Dirigir a reunião

Divulgar a venda das revistas

Visitar professores enfermos

8.4.16.2.2    Deveres trimestrais

Matrícula dos alunos

No último trimestre providenciar a reposição do material didático para o próximo ano

8.4.16.2.3    Deveres anuais

Comemorar datas festivas

Visitar as filiais

Providenciar os relatórios anuais

8.4.16.3    O Secretário

8.4.16.3.1    Deveres gerais

Deve conhecer o trabalho pertinente à sua função

Providenciar os anúncios e os material para o funcionamento da secretaria

Seus auxiliares auxiliam na matrícula, no fichário, nas transferências, na arrumação das classes, na venda das revistas e na distribuição do material didático

8.4.16.3.2    Deveres semanais

Aos domingos - chegar cedo, aprontar as cadernetas e preparar o relatório

No resto da semana - Atualizar o fichário e matricular os novos alunos

8.4.16.3.3    Deveres trimestrais

Realizar o movimento do trimestre

8.4.16.3.4    Deveres anuais

Relatório anual

Transferência de alunos

Auxiliar na campanha de leitura bíblica

Arquivar o material do ano que finda

8.4.16.4    O professor

A princípio o professor deve ser uma pessoa salva por completo, sua posição é de honra e de responsabilidade.

Deve primeiro conhecer o ministério do ensino: Porque ensinas; qual o teu propósito no ensino; o que ensinas; a quem ensinas; como ensinas.

8.4.16.4.1    Os requisitos do professor:

Preparo - Espiritual, intelectual, social e físico todos os homens chamados por Deus precisaram de preparo: Moisés, 40 anos; Paulo, 3;

Fidelidade no dever - Ter disciplina, cumprir os seus deveres como professor, não basta ser fiel, é preciso ser disciplinado.

Paciência - ser longânimo; isto é fruto do Espírito. É preciso paciência, principalmente com crianças, adolescentes e idosos.

Dedicação - É fazer o serviço da melhor forma possível; zelo com entendimento; Rm 10.2. Atenção; Jr 48.10

Pontualidade - É chegar na hora certa, cumprir o horário tem irmãos que não entendem o “amém” dos ouvintes!

8.4.16.4.2    A responsabilidade do professor:

Com Deus - Deus te colocou ali; 1 Tm 1.12

Com a Igreja - Orientar os alunos a contribuir com a igreja

Com a EBD - Trabalhar em harmonia com os demais professores

Com a classe - promover a sua edificação.; visitar os alunos, orar por eles individualmente; buscar a conversão e a edificação, sempre!

8.4.16.4.3    O preparo da lição

1.    Durante a semana

2.    Aos domingos

3.    Caso não esteja presente...

4.    Mostrar interesse por cada aluno

5.    Faça apontamentos

8.4.17    A literatura da EBD

A literatura do aluno

A literatura do professor

Literatura de apoio

8.5          A promoção da EBD

8.5.1          Obreiros espirituais

Conheçam: a Deus, a Bíblia; a pedagogia; o aluno - pessoal e psicologicamente.

8.5.2          Currículo dosado:

Bíblia; a vida de Cristo, a vida cristã; A Igreja; o lar; homens e mulheres bíblicos.

Leitura da Bíblia dosada e gradual, obedecendo os níveis; publicações eficientes

8.5.3          Instalações e equipamentos

Prédio e sala - A escola crescerá enquanto houver espaço

8.5.4          Campanhas de promoção

Oração contínua, divulgação, convites, visitas, reuniões especiais, Atividades extra-escolares; EBF

8.5.5          Atualização dos professores

Cursos específicos de curta duração, congressos, confraternizações encontros, seminários, classe de formação de professores.

8.5.6          Apoio total do pastor e ministério

Inclui classe específica para eles.

8.5.7          Reunião periódica dos obreiros

Oração, estudos, assuntos administrativos.

Estes podem ser semanais, mensais ou trimestrais.

8.5.8          Concursos

Concursos, testes, exposições.

8.6          A EBD e o lar

Ela não o substitui e nem os professores aos pais, quer no ensino das verdades bíblicas, quer na formação do caráter dos filhos. Deixar a instrução religiosa dos filhos à cargo da igreja será uma tragédia para eles. Os pais serão os primeiros professores; exceto se não salvos. Ex 12.26,27; Dt 11.18,19.

O lar deve ser leal com a EBD e cooperar com ela.

Fale sempre da EBD em casa, comente com os filhos, pergunte o que aprenderam; sejam assíduos na escola - toda a família; esforçarem-se, os pais, para que os filhos sejam regulares na EBD; ajudá-los no preparo da lição; orar com eles pela EBD.

8.7          A EBD padrão

1.    Professores fixos

2.    Obreiros espirituais, preparados e assíduos

3.    Classes e departamentos

4.    Equipamento escolar

5.    Secretaria organizada

6.    Crescimento real

7.    Mordomia cristã

8.    Assistência aos cultos

9.    Programa ativo de expansão

Evangelização