O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS

06/09/2012 10:06

 

“O único e verdadeiro Deus manifestou-se a Si mesmo como o eterno “Eu Sou” de existência e revelações próprias. Revelou-se também manifestando os princípios de parentesco e associação, isto é, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo” - Dt 6.4; Mc 12.29; Is 43.10.11; Mt 28.19; Lc 3.22.

A Bíblia não perde tempo tratando de demonstrar a existência de Deus, e denomina “insensato” ao ateu. “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” - Sl 14.1. Todas as raças humanas têm alguma idéia de deuses ou de Deus ante quem é responsável o gênero humano. A Bíblia nos informa com respeito à verdadeira natureza e caráter do único e verdadeiro Deus. A descrição bíblica do ser supremo constitui o pensamento mais elevado e mais nobre jamais concebido por homem algum. Antes de apresentar os ensinos das Sagradas Escrituras, aclaremos algumas falsas doutrinas relativas a Deus.

A Bíblia se opõe ao materialismo. As sagradas Escrituras opõe-se à teoria que reduz à matéria tudo quanto existe. Muitos homens de ciência e filósofos tem deificado a matéria e as leis da natureza, excluindo a Deus, “o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” - Ef 4.6. Leia-se a sublime descrição que se encontra no capítulo 40 de Isaías. O Senhor Jesus em certa oportunidade disse o seguinte: “Deus é Espírito”.  Jo 4.24.

A Bíblia se opõe ao politeísmo, o sistema religioso que admite a pluralidade de deuses. Calcula-se que atualmente o politeísmo conta com mais de 800 milhões de adeptos. A população da Índia alcança mais de 400 milhões e se afirma que o número de deuses supera o de habitantes. “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o Único Senhor”.  Dt 6.4

A Bíblia se opõe ao panteísmo ou a doutrina que afirma que: “Deus é tudo e tudo é Deus”. Esta hipótese constitui a pedra fundamental da organização denominada Ciência Cristã. Deus não é o resumo e substância especial de tudo, um algo impessoal, “mente universal”, como o interpreta o panteísmo, Deus está em tudo, mas também é superior a tudo, e independente de tudo. Assim mesmo, Jesus é “a expressão exata do seu Ser”, Hb 1.3. “Ele é a imagem do Deus invisível”, Cl 1.15.

A Bíblia se opõe ao deísmo, a crença de que existe um ser supremo, a origem de todas as coisas, mas tão superior ao homem que toda comunicação é impossível. O ser supremo do deísmo é por outra parte indiferente às necessidades do homem e surdo ao seu chamado de misericórdia. Todavia a Bíblia nos diz: “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor - Sl 34.15. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” - Sl 46.1. O Senhor Jesus diz que nem um pardal cairá em terra sem o consentimento do Pai - Mt 10.29.

O teísmo Cristão é o nome apropriado para as doutrinas bíblicas com respeito à divindade. O teísmo, que procede do vocábulo grego Theos, que quer dizer Deus, afirma que o único e verdadeiro está presente em seu universo, e que seus ouvidos estão atentos ao clamor de seus filhos. O teísmo Cristão é o resumo dos ensinos de nosso Senhor Jesus Cristo e de seus apóstolos com relação à Trindade eterna.

O Deus da Bíblia é infinito e perfeito. É o Deus eterno, incriado, de existência por si mesmo, a origem de tudo que foi criado. É onipotente, onisciente e onividente, isto é, tudo pode, tudo sabe e tudo vê. A Palavra de Deus diz em certo lugar o seguinte: “Tu és o Senhor da vista”. O Senhor Jeová é infinito no que respeita à santidade e amor, e habita em luz inacessível - 1 Tm 6.15,16.

Jesus Cristo é a revelação final e perfeita de Deus. Jesus é o resplendor da glória do Pai, “e a mesma imagem de sua substância”. “Ninguém jamais viu a Deus: Deus o unigênito, que está no seio do Pai é quem o revelou” - Jo 1.18. O vocábulo “revelar” significa no idioma grego “trazer à luz o oculto, misterioso ou obscuro”. Este é exatamente o trabalho que o Senhor Jesus realiza para este pobre mundo, sumido nas trevas do pecado e da dor. Ante nossos olhos por em evidência o caráter de Deus, de maneira que podia dizer o seguinte: “Quem vê a mim, vê o Pai”. Jo 14.9

O Deus da Bíblia revela-se como a Santíssima Trindade. As Sagradas Escrituras apresentam três pessoas divinas, designadas com os nomes de Pai, Filho e Espírito Santo, distintas no que respeita a ministérios, mas de um caráter e harmonia tão perfeitos que constituem um só Deus e não três. A doutrina da Trindade é parte integral do Livro Sagrado, e não pode ser eliminada sem cometer-se uma terrível injustiça com a Palavra do Senhor. É um mistério tão profundo que os sábios mais ilustres da terra não têm podido compreender. Mas, bendito seja o nome do Senhor, podemos dizer por experiência que o Pai é o nosso Pai, o Filho é o nosso Irmão, e o Espírito Santo o nosso Advogado. “Se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” - Jo 14.23. Em Jo 14.16 o Senhor Jesus disse o seguinte: “E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”.

É louvável possuir um conceito de Deus baseado nas Sagradas Escrituras, mas devemos recordar que não é suficiente ter um conhecimento intelectual do Senhor. O ideal é que possuamos um conhecimento experimental do Poderoso Senhor do Universo. “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e no lugar santo, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos”. Is 57.15. “Reconcilia-te, pis, com ele, e tem paz, e assim te servirá o bem” - Jó 22.21.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.  Jo 17.3